23/02/2009

O QUE APRECIO NOS CARISMÁTICOS

Um reavivamento carismático está a varrer a América, Europa e muitos países Africanos. E tudo começou na Califórnia, em Abril de 1960. Dennis Bennett, reitor da Igreja Episcopal de St. Marks, em Van Nuys, fez à sua congregação uma surpreendente declaração e o cristianismo nunca mais foi o mesmo. Bennet informou o seu povo que, em Outubro de 1959, ele tinha recebido o "Baptismo do Espírito Santo". Ele declarou: "O Espírito Santo tomou os meus lábios e a minha língua e formou uma poderosa linguagem, que eu mesmo não conseguia entender."

A sofisticada Igreja de Bennett ficou chocada. Um dos seus colegas renunciou e foi embora e não foi o único. Mas multidões, desde então, têm tido uma experiência igual à de Bennet.
Grandes concentrações enchem estádios de futebol. Testemunhos de vidas modificadas ecoam pelo ar no meio de fervorosos aleluias. Lágrimas de alegria descem pelos rostos. Lado a lado, Protestantes e Católicos cantam "somos um no Espírito". Não resta a menor dúvida, algo grande está acontecer. Segundo uma recente pesquisa do Gallup, mais de 40 milhões de americanos nas diversas denominações consideram-se Carismáticos. Muitos julgam esse despertamento o maior evento religioso desde o Pentecostes no primeiro século. Outros não têm tanta certeza. O que está realmente a acontecer? Para entender esse reavivamento Carismático, temos que voltar aos dias dos primeiros Metodistas.

John Wesley ensinou que, depois dos crentes nascerem de novo, uma "salvação mais alta ainda" os aguardava. Ele chamava essa experiência a "segunda bênção" do Espírito Santo. Poderia vir de repente, disse Wesley, purificando instantaneamente e renovando a alma. O pecado seria substituído pelo amor perfeito. Wesley e os seus pregadores desafiavam os seus ouvintes a buscar o grande derramamento de bênçãos do Espírito. O próprio Wesley nunca afirmou ter obtido essa segunda bênção. Mas ele buscou a experiência até à morte.

Desde a morte de Wesley, alguns dos seus mais directos colaboradores continuaram a promover a segunda bênção. Entre eles, destaca-se Phoebe Palmer, que publicou um "guia para a perfeição do cristão". Nele, sugeria que a santidade plena não é ganha pela luta espiritual, mas pela confiante reivindicação das promessas de Deus. Chamou a essa experiência o baptismo do Espírito Santo.

Apesar dos esforços de muitos revivalistas, durante o século 19, a Igreja Metodista estava a perder o seu primeiro amor. Esta renovação espiritual veio dar um impulso impressionante, tanto individual como colectivo. Um desses grupos inspirou Hannah Whithall Smith a escrever um livro maravilhoso: O Segredo para Uma Vida Cristã Feliz.

Muitos revivalistas da santificação promoveram uma religião ao estilo pentecostal, que enfatiza os milagres. Crendo estarem sob a orientação directa do Espírito Santo, eles resistiram às restrições da autoridade da Igreja. Finalmente, a Igreja Metodista sentiu-se forçada a desaprovar o movimento da santidade. Assim, os pentecostais cresceram fora do Metodismo.
Em poucos anos, na viragem do século XX, mais de 20 grupos de santificação tinham nascido. O maior deles era o dos Nazarenos e o da Igreja Peregrinos da Santificação. Mais tarde, apareceram várias Igrejas de Deus, e outras denominações. Muitos crentes da santificação começaram a falar em línguas. Charles Fox Parham, um curador da fé em Topeka, Kansas, espalhou esses reavivamentos de línguas. Parham insistia no falar em línguas como uma experiência necessária para cada cristão.

Rapidamente os Pentecostais inflamavam as igrejas na cidade de Los Angeles, na cena do famoso reavivamento da Rua Azusa, em 1906. O falar em linguas tornou-se o foco da religião para muitas denominações da santificação. Mas a linha principal dos Protestantes e dos Católicos evitava o Pentecostalismo. Nos anos 60, quando tudo mudou. Depois que Dennis Bennett tomou posição em St. Marks, as barreiras ruíram entre os pentecostais e os seus colegas protestantes. Crentes ansiosos formaram grandes grupos de denominações e começaram a falar em línguas. Esse novo movimento tornou-se conhecido como a Renovação Carismática.

Em pouco tempo, alguns Católicos juntaram-se às fileiras dos Carismáticos. Em junho de 1967, noventa católicos reuniram-se em Notre Dame para celebrar a sua experiência de línguas. Sete anos mais tarde, aquele grupo tinha aumentado para 35 mil. O crescimento Carismático entre os católicos tem sido notável, quase incrível. Uma recente pesquisa mostrou que mais de quatro milhões de Católicos americanos assistiram a uma reunião de Carismáticos naquele mês em que tinham feito a pesquisa.

O que pensam os líderes católicos sobre as línguas? Bem, o Papa Paulo VI abençoou o reavivamento Carismático. E, no início de 1981, o Papa João Paulo II expressou apreciação explícita pela renovação Carismática dentro da Iigreja. Muitos estudiosos católicos têm apoiado as línguas. Edward O'Conner escreve: "Os católicos que aceitaram a espiritualidade pentecostal têm-na achado em completa harmonia com a sua fé e vida espiritual."

Muitos leigos se têm envolvido com esses grupos Carismáticos. O maior e mais conhecido deles é a Associação Internacional de Empresários do Evangelho Total. Demos Shakarian, fundador e Presidente desse grupo foi entrevistado por Vandeman.

Vandeman: Vocês têm reunido milhares de homens de negócios. Como é que se chama esse movimento?
Shakarian: Chama-se Associação Internacional de Empresários do Evangelho Total. Começamos com 21 homens. Hoje, somos mais de 800 mil e reúnem-se todos os meses em 87 países e quatro mil núcleos. É o poder do Espírito Santo.
Vandeman: O que o leva ser um cristão Carismático?
Shakarian: É onde está o poder. O poder do baptismo do Espírito Santo. Pensaram que estávamos loucos. Mas eu disse: Deus mandou o Seu poder para toda a América. Preparemo-nos para receber o melhor do Espírito Santo. É o mesmo poder que os discípulos receberam no cenáculo. O poder e a salvação desceram. Três mil foram salvos num só dia, cinco mil noutro dia. E Pedro ressuscitou os mortos e curou os doentes. Ele não fez aquilo sozinho. Fez pelo poder do Espírito Santo. Eu sabia que era o que os homens queriam ver, a realidade do cristianismo, o movimento Carismático.
Vandeman: É preciso falar sobre o Espírito Santo, amá-Lo, aceitá-Lo e recebê-Lo mais do que qualquer outro dom, você não concorda?
Shakarian: Sim, concordo.
Vandeman: Acha que o meu tratamento convosco foi juto?
Shakarian: Sim, foi!

Os Carismáticos têm contribuído muito para a espontaneidade e alegria do culto. E, nesta época de auto-suficiência secular, eles lembram-nos que somos seres dependentes do Espírito de Deus para cumprir o Seu propósito na nossa vida. Outra coisa que eu gosto nos Carismáticos é o da sua experiência de oração. Quando oram, oram realmente! Eles esperam respostas de Deus. Repito: existem muitas coisas que eu aprecio nos Carismáticos. De facto, eu mesmo sou um Carismático, no sentido bíblico da palavra. Deixe-me explicar, por favor. A palavra "Carismático", em grego, significa "Dom da Graça". E eu creio nos dons do Espírito.

Assim, como vê, sou um Carismático. Mas eu não falo em línguas. Ora, isso cria uma dúvida para muitos Carismáticos. Sabe, eles crêem que as línguas são a prova da presença do Espírito Santo. Se eu não falar em línguas, não sou um privilegiado. Talvez seja um cristão de segunda classe. Alguns provavelmente até digam que, por eu não conseguir falar em línguas, não estou salvo. Não os censuro por nada. E eles também não me censuram. Eles só estão preocupados a minha salvação. Mas vamos relembrar que existem inúmeros e vários dons do Espírito. A Bíblia nunca diz que todos recebem o mesmo dom. Jesus tinha o poder do Espírito como nenhum outro jamais teve, ou jamais terá. João Baptista disse: "...Deus dá do Seu Espírito sem medida." João 3:34.
Todavia não há nenhum registo a indicar que Jesus alguma vez falou em línguas. Isso é uma coisa para se pensar, não é? Qual é o propósito das línguas? Bem, os apóstolos usavam as línguas para comunicar o Evangelho em idiomas estrangeiros. A palavra traduzida por "língua" significa "linguagem".

Quando Cristo enviou os Apóstolos para evangelizar o mundo, Ele não queria que eles tivessem que passar anos a estudar idiomas. Assim, deu-lhes o dom de línguas. Milhares de todas as partes ouviram o Evangelho na sua própria lingua no dia de Pentecostes.

Agora, há outro dom que os Carismáticos mencionam muito: o dom de curas. Você pode ver aqueles que curam na televisão. Eles dizem que Deus quer curar todas as doenças desde que tenhamos fé. Bem, eu certamente creio na cura. Mas a garantia da cura instantânea pode não ser uma boa notícia, afinal, ela pode criar um tremendo peso de culpa.

Se a fé deve sempre trazer a cura, então aqueles que permanecem doentes não têm fé? O doente de algum modo não é "suficientemente espiritual" para ser curado? Este é um assunto sério. Se a fé que me salva deveria me curar, então quando não sou curado, talvez eu não esteja salvo?
Muitos santos com doenças incuráveis clamam a Deus para serem curados, no entanto continuam doentes. Nessas circunstancias muitos começam a duvidar da salvação. Carregam um fardo de culpa pior até do que a sua dor.

Como disse, eu creio na cura divina. Muitos pelos quais tenho orado têm sido milagrosamente curados. Mas também tenho visto muitos santos morrerem doentes. E Deus os ama do mesmo modo como se Ele os tivesse curado. Sabe, Deus quer nos curar no momento e do jeito que Ele quiser, como sabe que é melhor. Às vezes, Ele cura de imediato; Às vezes, espera para nos curar na ressurreição, quando Jesus vier.

O apóstolo Paulo cria em curas. Ele até ressuscitou um jovem da morte. Mas ele próprio nunca foi curado de uma misteriosa aflição chamada de "espinho na carne". Três vezes ele suplicou a Deus que o livrasse. Finalmente, ele aceitou aquele sofrimento. E foi uma bênção, para mantê-lo humilde e dependente. Assim, ele entregou a sua aflição a Deus e prosseguiu com a vida. É preciso mais fé para pedir para ser curado agora, ou para submeter a vontade a Deus e deixar que o Senhor faça o que for melhor. O que exige mais fé? Obter o que eu quero agora ou deixar Deus operar a Seu próprio tempo e maneira?

Graças a Deus, a salvação não depende de termos ou não uma determinada resposta à oração. Em vez disso, ser salvo depende da nossa decisão em confiar e obedecer a Jesus. A nossa esperança repousa em Cristo, não em nós mesmos. Jesus é a nossa passagem para o Céu.
A nossa fé deve aceitar a Cristo, e não exigir como se tivéssemos a competir com os Apóstolos e todos aqueles que receberam resposta às suas orações. Olhar pela fé Jesus na cruz é o sublime milagre. E assim somos salvos através do sangue de Jesus, não pelos milagres que Deus opera na nossa vida.

Deus fará maravilhas na nossa vida se cooperarmos com Ele. Mas quando colocamos a confiança em Cristo, não faremos das nossas conquistas espirituais um salvador.

Suponhamos que eu me sinta seguro da salvação só porque vejo milagres aconteceren na minha vida. Posso tornar-me descuidado na minha obediência? Um Carismático escreveu na capa da sua Bíblia: "Pouco me importa o que a Bíblia diz, eu já tive uma experiência". Não nos compete questionar a sinceridade desse homem. Mas certamente o Espírito Santo, que inspirou a Bíblia não nos levaria a negligenciar a obediência à Palavra de Deus. Será que é por isso que a Bíblia nos traz uma advertência em I João 4:1? "Não deis crédito a qualquer espírito, antes provai os espíritos se procedem de Deus."

Sem dúvida, o inimigo pode falsificar o Espírito Santo. Satanás e os seus anjos podem operar “verdadeiros” milagres, até fazer com que desça fogo do céu num falso Pentecostes. E as Escrituras na verdade predizem que o inimigo realizará maravilhas do mal usando o nome de Jesus Cristo. "Muitos Me dirão naquele dia; Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E em Teu nome não expulsamos demónios? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." Mateus 7:21-23

Os falsos profetas usarão o nome de Cristo para praticar o mal. Satanás pode abusar do dom de cura em nome de Jesus. Ele pode falsificar o dom de línguas. Afinal, ele é um anjo caído. Ele pode falar qualquer língua da Terra ou do Céu. Os milagres em si mesmo não são nenhuma prova da presença de Deus.

Evidentemente, alguns milagres podem ser operados pelo inimigo, por isso a Bíblia exorta a provar os espíritos? E qual é a prova? Como podemos distinguir o que vem de Deus e o que é contrafacção? As Escrituras dizem com toda clareza: "Pois amar a Deus é obedecer aos Seus mandamentos. E os Seus mandamentos não são difíceis de obedecer." I João 5:3.
Como vemos, o amor para Deus significa muito mais que um sentimento que aquece o coração quando O cultuamos. A verdadeira prova do amor cristão é a obediência aos mandamentos de Deus. Por isso, cuidado! Acredito que os Carismáticos (Pentecostais e outras Congregações Cristãs) concordarão que devemos ter cuidado e não nos deixar-mos levar por qualquer vento de doutrina.

Não devemos ficar satisfeitos com a experiência da mornidão, sem ousadia e a falta do fogo do Espírito Santo na vida. Deus quer que os seus Filhos vivam uma experiencia mais rica, que tenhamos mais, quer encher os nossos corações com amor transbordante. Quer dar-nos a vitória sobre o pecado e guiar-nos a toda a Verdade. O Espírito Santo é o maior dom de Deus e é e nossa maior necessidade.

Termino com uma história. Mencionámos Hannah Whithall Smith e o livro O Segredo para uma Vida Cristã Feliz.
Em 1865, Hannah e o seu marido, Robert, mudaram-se com a família para Milltown, Nova Jersey. Foi onde Hannah conheceu os Metodistas da Santificação. Apesar de ela ser uma Quaker, ficou profundamente impressionada com eles.
Robert partilhou do interesse da esposa pela vida da santificação. E num Verão assistiram a uma reunião sobre a santificação numa floresta na Costa de Nova Jersey. Mas Robert recebeu uma experiência espiritual sensacional, que foi descrita por sua esposa: "Após a reunião o meu marido foi sozinho para um ponto da floresta, para continuar a orar a sós. Quando, de repente, da cabeça aos pés ele foi abalado pelo que parecia ser uma vibração magnética de prazer celeste, e jorros de glória pareciam derramar-se sobre ele, alma e corpo, com a segurança interior de que aquele era o ansiosamente esperado baptismo do Espírito Santo."
Naturalmente isso fez Hannah desejar uma experiência semelhante. Ela foi ao altar noite após noite. Orou durante horas a fio. Mas nada aconteceu. Não foi dessa vez que ela teve uma experiência espiritual espetacular como o seu marido tinha tido. A princípio, ela ficou desapontada e acaba por concluir que Deus já lhe tinha dado o Espírito na paz que reinava no seu coração. Ela possuía algo mais permanente e substancial do que uma experiência dramática e emocional. Mas a história não terminou.
Na primavera de 1875, Robert viajou para a Alemanha, onde realizou reuniões evangelísticas e de ensinos altamente bem-sucedidos perante grandes multidões, mas sempre numa atmosfera bastante carregada de emoção.
Numa carta à esposa, ele exultou: "Toda a Europa está aos meus pés!" E quando retratos seus foram oferecidos à venda, oito mil foram vendidos imediatamente. Então caiu a base do ministério de Robert. Circularam boatos sobre a sua questionável conduta com as mulheres e os boatos chegaram à imprensa.
As reuniões foram canceladas pelos patrocinadores. Robert voltou para casa, para junto de Hannah. Hannah permaneceu fiel junto do marido, apoiando-o em silêncio. Que aconteceu com Robert e a sua sensacional experiência espiritual? A sua fé falhou. Ele afundou-se em grande depressão. Hannah continuou a viver o seu cristianismo calmo e consistente.

É admirável a fidelidade desta mulher! Vamos deixar Deus entrar na nossa vida da maneira que Ele preferir. Ele pode não vir até nós com o dom da cura ou de línguas. Pode vir como foi com Elias na Grutoa do Carmelo numa brisa calma e suave. Uma coisa é certa se deixarmos o Senhor entrará na nossa vida quendo nos rendermos pela fé. E não precisamos de esperar uma experiência sensacional. A paz e plenitude do Espírito Santo pode ser sua agora.

PORQUE RAZÃO HÁ TANTAS RELIGIÕES?

Nos Alpes do norte da Itália e ao sul da Suíça encontramos montanhas cobertas de neve numa beleza deslumbrante, vales verde, regados por límpidos regatos, enormes planícies atapetadas de perfumadas flores silvestres e pomares e vinhedos repletos de deliciosos frutos. Esse é um território de Deus, a lembrar a Terra Nova.

Mas uma coisa trágica aconteceu nos Alpes há muitos anos. A neve se tornou vermelha de sangue - o sangue do povo de Deus. Uma história comovente, e ao mesmo tempo inspiradora, nos aguarda. Além dela, também conhecemos uma fascinante profecia bíblica sobre os resgatadores da verdade negligenciada.

Por que tantas religiões? Você já fez a si mesmo essa pergunta? A resposta não é difícil de se achar. Faremos uma pausa no exame das Igrejas individualmente, para descobrir uma profecia no centro do livro de Apocalipse, que acabará com a confusão que muitas pessoas têm diante de tantas e diferentes "estradas para o Céu".

Comecemos o estudo nos Alpes onde, há muitos anos, viveu um povo gentil chamado os Valdenses. Por muitos séculos, eles mantiveram a luz da verdade brilhando no meio das trevas espirituais. Os Valdenses preservaram a antiga fé entregue aos santos por Jesus Cristo em pessoa e pelos apóstolos; a fé que havia sido negligenciada e mal utilizada pelos líderes religiosos.
Quero fazer uma pergunta: a erosão da fé pela Igreja Cristã surpreende-vos? Afinal, os registos do Antigo Testamento mostram uma ligação contínua com a apostasia. E o Novo Testamento predisse que a história se repetiria.

Mais uma vez, um afastamento constante da verdade iria corromper a verdadeira fé. Os apóstolos Pedro e Paulo foram alertados disso.

O Apocalipse predisse as lutas do povo de Deus durante a Era Cristã. "E viu-se um grande sinal no céu; uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz." Apocalipse 12:1 e 2.

Ora, quem é essa mulher? Bem, na Bíblia, Deus usa muitas vezes o símbolo da mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura representa Seus sinceros seguidores, e uma mulher imoral representa o cristianismo caído. Portanto, a mulher pura de Apocalipse 12 deve representar o povo fiel de Deus. E a mulher estava grávida. Logo, uma criança está sendo atacada. "E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho... e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." Apocalipse 12:3 e 4.

O dragão é Satanás, o inimigo mortal da Igreja. Você se lembra de como Satanás, trabalhando através de Herodes, o Imperador Romano, tentou destruir Cristo, matando todos os bebés do sexo masculino em Belém? Mas o menino Jesus escapou com Sua mãe, Maria, e José. Você conhece a história.

Depois que Cristo cresceu e começou Seu ministério, o inimigo O atacou com uma nova estratégia. Ele abordou o Senhor no deserto com várias tentações ardilosas. Mas Jesus não traiu Sua fé. Enfurecido, Satanás tentou ainda outra táctica. Ele atraiu os líderes religiosos com seus enganos. Assim que obteve o controle da liderança religiosa da época, o inimigo usou os líderes para perseguir Jesus.

Aparentemente eles venceram Cristo na cruz, mas Ele ressurgiu vitorioso do túmulo para ascender ao trono de Deus. "E deu (a Igreja) à luz um Filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu Filho foi arrebatado para Deus e para o Seu trono." Apocalipse 12:5.

O diabo ficou totalmente frustrado em seus ataques ao Filho de Deus. Assim, decidiu voltar-se contra a mulher, a Igreja. Ele atacou o povo de Deus com a mesma estratégia que havia usado contra Jesus. A história se repetia de maneira incrível.

Primeiro, o diabo tentou matar a Igreja nascente. Ele usou os líderes romanos como seus agentes, como havia feito contra o menino Jesus. Mas, apesar da feroz perseguição de Nero e seus sucessores, o cristianismo sobreviveu e cresceu. Satanás percebeu que não poderia destruir o povo de Deus pela violência. Assim, o inimigo se aproximou da Igreja com tentações subtis. Ele pretendia atrair os líderes, fazendo concessões em sua fé. Muitos recusaram-se a ceder, permanecendo fiéis ao Senhor, como Jesus tinha sido quando tentado. Mas o inimigo conseguiu mais uma vez manipular os líderes religiosos da época. E, como no tempo de Cristo, a verdade ficou enterrada na tradição. O povo fiel de Deus, ao recusar participar da apostasia, foi marcado para morrer, como Jesus tinha sido.

A história registra o fato trágico. Você pode encontrá-la em qualquer biblioteca. Os líderes religiosos martirizaram milhões de crentes sinceros sem nenhum crime, a não ser o de seguir a Palavra de Deus.

Durante muitos séculos, os santos tiveram que viver escondidos. "E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." Apocalipse 12:6.

Há uma profecia de tempo, um período de perseguição durando 1.260 dias. Esses dias são literais ou simbólicos? Devemos saber que o Apocalipse é um livro de símbolos. Lembre-se também que a perseguição durou muitos séculos, muito mais que os 1.260 dias. Mas na profecia simbólica, um dia representa um ano.

Por isso, seguramente os 1.260 dias sejam 1.260 anos.
Foi o que os Reformadores ensinaram. Martinho Lutero e outros acreditavam que esse período de tempo representava 1.260 anos de opressão sobre a Igreja na Idade Média.

A história confirma isso. No século seis, a Igreja foi influenciada pelo Imperador Justiniano ao exarar um decreto em que retirava a protecção aos hereges, como eram chamados os fiéis seguidores de Deus. Essa perseguição tinha atingido uma fúria incontrolável em 538 d.C.
Se acrescentar-mos 1.260 anos aos 538 leva-nos ao ano de 1798. Exactamente nesse ano, Napoleão interrompeu o poder que oprimia os fiéis. Assim, durante os séculos negros, como a profecia de Apocalipse (16:23) predisse, o povo de Deus teve que refugiar-nos nas covas, cavernas da terra.

As montanhas dos Alpes e de outros lugares remotos da Terra protegeram a Igreja. Embora enfraquecida, a luz da verdade nunca se apagou por completo.

Os Valdenses adoravam a Deus em capelas secretas chamadas "Chiesa uma delas, a mais famosa, chama-se de La Tanna", que quer dizer "Igreja da Terra". Só se consegue descer o túnel rochoso que leva ao salão de reuniões da Igreja, apoiando-se nas mãos e nos joelhos. Nessa mesma caverna, camuflada pela Natureza, durante muitos anos, os Valdenses adoraram a Deus.
Mas chegou finalmente o dia em que um grupo deles foi cercado por soldados que fizeram uma fogueira na abertura. O oxigénio foi consumido e os Valdenses cantaram louvores a Deus até deixarem de respirar. Estavam felizes por darem a vida em vez de renunciar à fé.

Ninguém sabe quantos crentes verdadeiros derramaram o seu sangue durante o longo exílio da Igreja no deserto. Mas, assim como Deus cuidou do Seu Filho, Ele também preservou o Seu povo. E como Jesus saiu do túmulo vitorioso, a Igreja finalmente emergiu de sua hibernação no deserto.

A palavra "Igreja" aqui não significa Religião Luterana, Religião Baptista ou Religião Adventista. No Novo Testamento, a palavra "Igreja", do termo grego "Ecklesia", quer dizer simplesmente "os escolhidos". Será que gostaria de ser um dos escolhidos de Deus?

Ilustração: Suponhamos que esteja em pé ao lado de uma colina vendo uma enorme planície numa extensão de quilómetros. Ao longe vê o caminho-de-ferro que cruza a planície e desaparece num túnel.

De repente, ouve o som de um comboio que se aproxima. Uma enorme locomotiva antiga com dois vagões de passageiros passa velozmente.

Agora, se a locomotiva, com os seus belos vagões, desaparece num lado do túnel, você não esperaria que a mesma locomotiva, com os mesmos vagões, saísse do outro lado? É claro que sim. E se a locomotiva, com os dois belos vagões de passageiros, entrar por um lado da montanha, e do outro lado sair um trem moderno movido a diesel, puxando vários vagões? Você ia dizer: "Aconteceu algo com o trem dentro do túnel." E você estaria certo.

Vamos esquecer os trens por um momento e imaginar que a verdadeira Igreja começasse a seguir o caminho do tempo no início da Era Cristã. Visualize a Igreja de Apocalipse 12 com sua fé pura, viajando pelos séculos. E ali pelo ano 538 tornou-se necessário, a fim de preservar sua fé, que ela se escondesse. Por isso, ela desaparece no túnel do deserto por mais de mil anos.
Você não esperaria que a mesma Igreja, ensinando o mesmo corpo de verdades, o qual desaparecera havia tantos anos, emergisse do túnel do deserto ensinando a mesma mensagem que os primeiros cristãos ensinaram? Claro que sim.

E se do túnel não saísse uma Igreja, mas muitas igrejas, muitas religiões diferentes? Você diria que alguma coisa devia ter acontecido dentro do túnel e você estaria certo!

A história da Igreja revela que algo perturbador aconteceu durante a Idade Média. A verdade sofreu, fragmentou-se, mas sobreviveu.

Temos notado como Deus interveio para restaurar a verdade negligenciada, parte por parte. Como Ele levantou reformadores, um por um, para trazer de volta a verdade que tinha sido esquecida durante os longos séculos no deserto. Martinho Lutero apareceu em cena para restaurar a pulsação do cristianismo. E a Reforma começou; mas ela não terminou no século 16.
A luz apenas começava a surgir no deserto do túnel. Francamente, poderíamos esperar que todas as verdades escondidas por tanto tempo pudessem ser recuperadas de imediato? Não, provavelmente não.

Lutero redescobriu que o perdão vem pela fé somente em Jesus Cristo. E assim temos a Igreja Luterana. Mas a importância de algumas outras verdades não foi vista claramente por Lutero.
Algumas dessas verdades negligenciadas vieram depois, como o baptismo por imersão, que foi recuperado pelos Anabaptistas. Os Anabaptistas se aproximaram dos grandes estudiosos protestantes e tentaram convencê-los a aceitar essa nova luz, mas eles não aceitaram. Assim, nasceu a Igreja Baptista. E quando outras verdades vieram através de Wesley, as Igrejas estabelecidas as recusaram. Isso fez nascer os Metodistas.

A história continua assim. É a triste tendência humana de confiar no passado, traçar um círculo em torno das crenças e chamá-las de credo. Esses credos originais ajudaram a reinstalar os alicerces do cristianismo. Mas eles não fizeram provisão para a luz futura. Por isso, temos tantas religiões hoje. "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Provérbios 4:18.

Você pode ver o que Deus está a tentar fazer com o Seu povo? Ele quer preservar cada raio de luz que cada reformador guardou tão cuidadosamente, acrescentando novas verdades entretanto descobertas que também foram perdidas ao longo dos séculos. Ele quer apresentar essa mensagem em toda a sua beleza original ao mundo tão desesperadamente necessitado. E isso está a acontecer. Lenta, mas seguramente, as verdades escondidas na confusão da Idade Média estão a surgir. Conforme as verdades são recuperadas, outros movimentos têm passado a existir; cada um defendendo uma nova luz redescoberta.

Vamos agora ler Apocalipse 12:17: "E o dragão (Satanás) irou-se contra a mulher (a igreja), e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os Mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo."

Temos uma descrição do povo de Deus dos últimos dias. Lembre-se, não estamos a falar especificamente sobre religiões, mas sobre o povo de Deus. Você notou quais são as marcas identificadoras? Guardar os Mandamentos de Deus e a fé em Cristo. Os Dez Mandamentos poderão conter alguma verdade a ser posta de parte? Não. E quanto ao quarto Mandamento? Não é uma verdade muito negligenciada? Você já notou que o quarto Mandamento, o que trata do sábado, é diferente dos outros? Nove dos Mandamentos dizem o que devemos fazer em relação a Deus e ao nosso próximo. Mas o Mandamento do sábado diz o que Deus fez por nós e para nós. Ele convida-nos a partilhar do descanso para nos O louvarmos pela Sua obra.
"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra... e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-ll.

O sétimo dia, o sábado, convida-nos a celebrar a obra de Deus como nosso Criador. E há uma outra razão por que adoramos a Deus, uma outra razão para santificarmos o sétimo dia. Vamos reverentemente até ao Calvário.

É tarde de sexta-feira, perto da hora de saudar o sábado. Jesus, pendurado na cruz, lembra-nos tudo o que fez pela nossa salvação. Agonizante, Ele proclama: "Está consumado!" Missão cumprida! Humanidade redimida. Outra vez, Jesus descansa no sábado em homenagem à Sua obra terminada,(a obra da redenção) exactamente como fez após a criação. Só que, dessa vez, descansa no túmulo. E, depois do descanso do sábado, Cristo levanta-se e se eleva ao trono dos Céus.

A ideia de adorar no sábado, o sétimo dia, pode ser nova para você. Ou você pode ter ouvido dizer que guardar o sábado é para os judeus, ou para oslegalistas. Porém, nada poderia estar mais longe da verdade. A palavra sábado quer dizer descanso. É o oposto de trabalho.
Cada semana, o sábado lembra-nos que nos devemos afastar das obras humanas e descansar nas obras de Deus por nós. E isso é o Evangelho! Sem o descanso do sábado, a obediência à Lei de Deus torna-se de facto legalista. Nunca se esqueça disso: não somos salvos por guardar a Lei de Deus. Somos salvos por descansarmos em Cristo. Isso é o Evangelho! E é também a mensagem do sábado. Entre os deveres essenciais esboçados na Lei, o sábado oferece-nos descanso nas obras de Cristo por nós.

Agora entendemos por que Jesus disse ser o "Senhor do Sábado". Mostramos fé em Jesus, nosso Criador e Redentor, descansando no sétimo dia. Então, já que o sétimo dia, que chamamos sábado, é o dia de culto ao Senhor, por que muitos cristãos guardam o primeiro dia da semana, o domingo? Bem, você sabe que a Igreja da Idade Média, sem autorização das Escrituras, assumiu a responsabilidade de mudar o sábado para o domingo.

Por volta do século 16, alguns cristãos fiéis ainda guardavam o sétimo dia. Um grupo de Anabaptistas, por exemplo, observava o sábado, apesar da feroz perseguição. Mas, finalmente, a verdade negligenciada e quase esquecida sobre o Sábado, o sétimo dia, foi recuperada. Desde o século 19, milhões de cristãos ao redor do mundo têm começado a prestar culto ao Senhor no sábado bíblico. Que herança Deus tem para nós hoje? Destacando as verdades vitais recupadas pelos grandes reformadores, o caminho não está todo feito devemos continuar a entrar na Bíblia com o espírito que animou esses homens e mulhres do passado, buscar, analisar, cavar até encontrar a pérolo de grande preço. É isso que voce deseja? Então você tem o espirito da Reforma. O espírito bíblico de não se conformar com um amontoado de velhas tradições, que tem história, mas não têm a VERDADE!

Um menino apascentava as ovelhas do pai. Não muito distante dali, naquele vale, um outro menino também apascentava as ovelhas. Estes meninos com o passar do tempo tornaram-se muito amigos. Um dia, uma forte tempestade eclodiu repentinamente, e os garotos com as suas ovelhas refugiaram-se numa grande caverna. Quando a tempestade passou e era hora de eles irem para casa, surgiu um problema. Eles não conseguiam separar as ovelhas. Eles conheciam algumas, mas tinham dúvida sobre outras.

Finalmente, receosos de receber maus tratos dos seus respectivos pais, foram para casa. Um seguiu por um caminho e o outro por outro. O que pensa que aconteceu? Sim, as ovelhas separaram-se sozinhas, cada uma seguiu o seu próprio pastor.

Você é uma das ovelhas de Cristo? Ele revelhou-lhe uma nova verdade, aceite-a e perquise mais e mais até que se torne caminho iluminado. Oro para que Jesus fique na sua vida.

21/02/2009

O QUE EU APRECIO NOS CATÓLICOS

São cinco horas e dezanove minutos. O papamóvel branco circula pela praça de São Pedro, em Roma, entre a multidão que acena e aplaude.

Ninguém vê a mão que sorrateiramente tira uma pistola Browning do bolso. Ninguém espera o que está para acontecer. O disparo repentino ocorre e o sorridente homem de branco geme de dor. Os ombros largos curvam-se e ele cai lentamente. Os aplausos transformam-se em gritos. Numa dúzia de idiomas, a terrível notícia corre pela multidão: "O Papa foi atingido!" O sangue corre de um grave ferimento. A corrida pela vida em direcção ao Hospital Gemelli é uma cena de profundo horror. Mortalmente pálido e quase inconsciente, João Paulo murmura: "Por que fizeram isto?"

Milhões multiplicados repetiam a angustiante pergunta: "Por quê?" Orações eram feitas de todas as partes. Padres, pastores e rabinos apelavam nas suas respectivas congregações a fervorosas intercessões pelo Papa. João Paulo recuperou e voltou para os braços abertos de 750 milhões de Católicos. Continuou a sua campanha mundial pela amizade, paz tem continuado ao longo dos anos. O que há em João Paulo que conquista corações em todo o mundo ? Eu acho que todos apreciamos seu estilo amigável e caloroso.

Desde os anos 60, o mundo ocidental tem procurado um “estilo” de liberdade sem limites. A sociedade dos anos 60 começou a seguir uma tendência diferente: "Faz o que quiseres, somos senhores do nosso destino." E era tudo em nome da paz e do amor. Mas isso resultou numa “moral” sem limites.

Essa forma de pensar e agir levou para o esgoto da dor e da vergonha. Sofremos com o problema da gravidez, da embriaguez e do consumo de drogas pelos adolescentes. Sem falar do vandalismo, da violência e das doenças sexualmente transmissíveis. Tudo isso devido à rejeição dos padrões morais absolutos de Deus, os Dez Mandamentos. A América finalmente recobrou os sentidos.

O final dos anos 70 trouxe um reavivamento da moralidade, quando muitos que tinham rejeitado a Lei de Deus mudaram de ideia. Eles passaram a entender que aquele acto social jamais poderia tomar o lugar dos valores espirituais.

E quanto à tendência diferente que a sociedade vinha seguindo? Eles começaram a achar que ela não servia. Nessa atmosfera de renovação religiosa, João Paulo tornou-se Papa. Ele preencheu rapidamente o vazio da liderança moral. Muitos jamais esquecerão a visita que ele fez aos Estados Unidos no outono de 1979.

"Tenho vindo a todos com uma mensagem de esperança e paz de Jesus Cristo", disse João Paulo. E tinha um conselho especial para os jovens: "Muitos jovens fogem da sua responsabilidade, fogem para o egoísmo, fogem para o prazer sexual, fogem para as drogas, fogem para a violência, eu lhes prometo a opção do amor, que é o oposto da fuga. Pois foi Jesus, nosso Senhor Jesus em pessoa, que disse: “Serão Meus amigos se fizerem o que Eu mandar.” Muitos pensavam que os jovens tinham rejeitado o chamado do Papa para a lei espiritual e a ordem. Mas não, 19 mil adolescentes no Madison Square Garden bateram palmas quando ele os convidou a disciplinarem as suas vidas. Compreendiam a necessidade de uma mudança nas suas vidas a nível moral e aceitavam o desafio do Papa João Paulo II. E do mesmo modo estavam os milhões de Católicos espalhados por todo o Mundo.

Oitenta mil pessoas esgotaram o Yankee Stadium para ouvir o Pontífice. Uma avalanche de aplausos se seguiu quando o Papa os admoestou a repartirem com os pobres e os oprimidos.

O apelo de João Paulo II pela moral e a compaixão tocava os corações por onde quer que ele fosse.

Apresentamos uma entrevista do Pr Vandeman ao Dr Samuel Bachiochi:
(Dr. Samuele Bacchiocchi fez um doutorado na famosa Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma. Após cinco anos de estudos naquela cidade, ele foi premiado com a mais alta honra que o Pontífice pode dar a uma pessoa formada pela Universidade: a medalha de ouro pelo brilhantismo de sua conquista académica.)

Vandeman: Dr. Bacchiocchi, o que o senhor mais aprecia nos Católicos Romanos?

Dr. Bacchiocchi: Eu lembro-me de várias coisas que realmente aprecio no povo Católico. A nível pessoal, o que eu gosto é o modo como me trataram durante aqueles cinco anos que passei em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Sabe, eles aceitaram-me como um "irmão separado", mas na realidade trataram-me como um verdadeiro irmão cristão: com amor, respeito e bondade. Num sentido mais geral, o que eu gosto nos Católicos é o modo dedicado pelo qual eles realizam os seus exercícios religiosos. Eu fui privilegiado, enquanto estudava, observa os meus professores, padres e monges passando as primeiras horas do dia lendo e meditando sobre a realidade espiritual. E o impacto dessa comunhão diária com Deus podia ser sentida de facto na sua disposição única e agradável. Eu também admiro grandemente o espírito de sacrifício de incontáveis padres, monges e freiras, como a Madre Teresa de Calcutá, que serviu e o seu legado continua a servir, sem pensar no sacrifício pessoal, aos necessitados, aos que sofrem, aos esquecidos da sociedade actual.

Vandeman: Concordo com você. Agora, o que você acha dos ensinamentos Católicos?

Dr. Bacchiocchi: Existem vários ensinamentos Católicos que o senhor pode entender que eu acho inaceitáveis, como a transubstanciação, a imaculada Conceição, a infalibilidade e a primazia papal. Por outro lado, existem certos ensinamentos Católicos únicos que eu não só admiro, mas acredito que são muito relevantes para a nossa época. Estou a pensar particularmente no compromisso Católico Romano para a preservação da santidade do casamento e através da inviolabilidade da vida humana. Vivemos numa sociedade em que muitos cristãos passaram a ver o casamento como uma instituição social civil que pode ser facilmente dissolvida quando as circunstâncias se proporcionarem. Por isso, creio que a Igreja Católica tem que ser condecorada pelo seu compromisso de nos lembrar que o casamento é sagrado e o que Deus uniu ninguém tem o direito de separar. Eu também admiro os esforços que a Igreja Católica realiza actualmente, desde o Vaticano II, em promover a circulação e a leitura da Palavra de Deus. Acredito que essa tendência é muito positiva e pode ajudar os cristãos a enriquecerem a sua experiência espiritual. A minha grande esperança e oração é que, como Protestantes, possamos apreciar mais plenamente a experiência religiosa e as convicções teológicas dos Católicos. Em contraposição, que os nossos amigos Católicos, através de um estudo renovado das Escrituras, redescubram algumas das verdades bíblicas vitais perdidas.

Vandeman: E quem poderia ter dito isso melhor do que você? Obrigado por ter vindo.

Num mundo de progresso material, mudança social, os valores morais têm sofrido erosão. Mas a Igreja Católica Romana luta pela moralidade e a decência. E muitos Católicos defendem a integridade da vida humana, juntamente com muitos Protestantes que reconhecem o respeito pela vida humana como uma verdade negligenciada. Essas convicções têm enriquecido o mundo.
A Igreja Católica tem permanecido firme, mesmo quando outros têm escorregado. Eu também gosto dos Católicos por causa dos seus muitos exemplos radiantes de genuíno amor cristão, um amor altruísta que nada pede em troca, o tipo de amor que Jesus mostrou na Sua vida.

Nosso exemplo preferido, como nos lembrou o Dr. Bacchiocchi, é a falecida Madre Teresa de Calcutá, Índia. Quem tem um coração tão duro que não se comove ao conhecer a profundidade do que essa querida mulher fez? E não podemos esquecer que existem milhares de outras freiras e padres como Madre Teresa em todos os cantos do mundo. Somente na eternidade saberemos dos sacrifícios desses heróis anónimos.

Outra coisa que eu aprecio nos Católicos é o seu sincero amor por Jesus e o seu crescente interesse pelas Escrituras.

O Concílio da Igreja do Vaticano II, nos anos 60, incentivou os membros a lerem a Palavra de Deus. E algumas das melhores pesquisas bíblicas estão a ser feitas por estudiosos Católicos.

Bem, vocês sabem que eu não sou Católico Romano. Portanto, existem diferenças entre as minhas crenças e as da Igreja Católica. E isso é natural e deve ser compreendido. Provavelmente, a maior diferença entre nós seja a questão da infalibilidade papal, e o papel da tradição na interpretação das Escrituras como base da autoridade espiritual. Mas tenho notado nos últimos anos, desde o Vaticano II, o desenvolvimento de uma tendência entre muitos estudiosos Católicos e leigos informados. Ou seja, uma tendência de voltar para as Escrituras como base da fé. Eles reconhecem o destacado papel que a Tradição desempenhou no passado, fazemos votos para que olhem a Bíblia coma a soberana Palavra de Deus. As tradições da Igreja podem mudar através dos tempos, mas a Palavra de Deus permanece a mesma.

Esta é outra razão por que mais e mais Católicos estão a reconhecer a importância da Bíblia. Seria essa a mensagem que recebemos da visita do apóstolo Paulo a Beréia? Beréia, da antiga Macedônia, é actualmente a cidade de Veróia, na Grécia. Os bereanos eram felizes por terem o ministério de Paulo. Eles deviam até aplaudi-lo quando ele chegava à cidade. E ouviam atentamente tudo o que ele tinha a dizer. Mas os bereanos analisavam os ensinamentos de Paulo. E o apóstolo não se importava. Actos 17:11: "Ora estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim."

O apóstolo Paulo convidou a Igreja para avaliar o que ele lhes tinha ensinado. Ele queria que os seus membros provassem por si mesmos nas Escrituras antes de aceitarem os ensinamentos.
Assim, os bereanos não estavam a ser infiéis ao procurarem confirmar se o que lhes era ensinado estava de acordo com a Bíblia (Velho Testamento). Na verdade, Paulo disse que eles eram nobres por agirem assim. O teste que o apóstolo Paulo aplicava aos seus próprios ensinamentos serve para os líderes da Igreja e professores de Bíblia de hoje. Apesar de eu ter algumas diferenças básicas com a Igreja Católica Romana na interpretação da Bíblia, deixe-me dizer outra vez: aprecio a reverência que muitos Católicos têm pelas Sagradas Escrituras. Precisamos também de nos lembrar de que todo Catecismo Católico ensina a obediência à Lei de Deus. Mas você já notou a diferença entre os Dez Mandamentos ensinados pela Igreja de Roma e os Dez Mandamentos que encontramos na Bíblia? Leia no seu Catecismo e verá que falta o segundo Mandamento - aquele que proíbe o uso de imagens no culto.

Evidentemente, esse Mandamento criava um problema à luz do ensinamento da Igreja. Assim, ele foi removido totalmente dos Catecismos. Mas como é que a Igreja ainda conta Dez Mandamentos? Bem, ela dividiu o Décimo Mandamento em dois, de modo que ainda temos dez. Aqui nós temos que ser cuidadosos e justos.

Não vamos entender mal o uso das imagens pelos nossos amigos Católicos. Eles não adoram as imagens em si, pois sabem muito bem que são apenas estátuas de madeira e pedra. Eles reverenciam a vida dos santos representados por aquelas imagens.

Os Católicos crêem que certos santos andaram tão perto de Deus que os seus caracteres se tornaram santos. E agora, através dos méritos desses santos, eles ensinam que os cristãos perfeitos podem se aproximar de Deus. Bem, eu entendo que o segundo Mandamento não permite fazer relíquias dos santos. Porque todos os humanos, mesmo os melhores de nós, carecem do ideal de Deus. Todavia, há boas notícias.

Todos os que crêem e obedecem ao Evangelho são considerados santos. Isso quer dizer que todos podemos nos aproximar de Deus sozinhos através do sangue de Cristo. Assim, muitos Católicos agora têm passado a crer que todos os cristãos são igualmente perfeitos aos olhos de Deus através de Jesus.

Vamos examinar o que aconteceu no quarto Mandamento, que consta como o terceiro no Catecismo Católico. Esse é o Mandamento do Sábado, e também foi trocado. Essa pode ser uma revelação surpreendente para alguns, mas a Igreja Católica Romana não hesita um só momento em afirmar que foi ela que mudou o Sábado para o Domingo como o dia de guarda.
No Catecismo dos Convertidos das Doutrinas Católicas, pág. 50, lemos:
P. Qual é o dia de descanso?
R. O Sétimo Dia é o dia de descanso.
P. Por que observamos o Domingo ao invés do Sétimo dia?
R. Observamos o Domingo ao invés do Sétimo Dia, por que a Igreja Católica transferiu a solenidade do Sétimo Dia para o Domingo.
Não é interessante?
Há uma história fascinante por trás de tudo. No século 16, no histórico Concílio de Trento, a Igreja Católica refutou os Protestantes por usarem só o uso da Bíblia. E a razão dada por eles era que a Igreja tinha mostrado autoridade para reinterpretar as Escrituras. E, influenciada por sua própria tradição, tinha transferido o sábado para o domingo.

No livro Cânon e Tradição, o Dr. H. J. Holtzmann descreve a cena passada no Concílio de Trento. Note como a decisão foi tomada para dar preferência à tradição na interpretação das Escrituras.
"Finalmente, no dia 18 de Janeiro de 1562, toda hesitação foi posta de lado. O Arcebispo de Reggio fez um discurso onde declarou abertamente que a Tradição estava estabelecida acima das Escrituras. A autoridade da Igreja não deveria, portanto, submeter-se à autoridade das Escrituras, porque a Igreja tinha mudado... o Sétimo Dia para o Domingo, não pelo comando de Cristo, mas por sua própria autoridade."

Portanto, o que pesou no dia em que foi tudo colocado na balança? Foi o facto de a Igreja ter, com efeito, mudado um dos Mandamentos de Deus, o sábado, com a autoridade da tradição. Agora, os Protestantes podem estar mais surpreendidos que os nossos amigos Católicos quanto a esta revelação. Afinal, os Católicos Romanos orgulham-se do que eles crêem ser a autoridade da Igreja na interpretação das Escrituras. Embora eu pessoalmente não possa aceitar a Tradição como tendo qualquer influência sobre a crença, quero dizer que os Católicos são pelo menos consistentes com a sua tradição de guardar o Domingo.

Talvez os nossos amigos Protestantes devessem perguntar a si mesmos por que guardam o domingo, já que a Tradição está na sua origem e não a Bíblia! É algo para serem bem pensado, não acham? Você sabia que a Bíblia provê uma descrição especial do povo fiel de Deus pouco antes da vinda de Jesus? Vamos lê-la em Apocalipse 14:12. "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé de Jesus."

A Fé em Jesus e a guarda dos Mandamentos de Deus estão juntos. Logicamente, na hora final da Terra, os cristãos sinceros em toda parte guardarão os Mandamentos de Deus. Aqueles que foram escritos por Deus no Monte do Sinai, não outros.

Bem, sejam quais forem as nossas diferenças, podemos apreciar uns aos outros. E eu vejo tantas coisas de que gosto nos meus amigos Católicos (eu fui Católico, comunguei em Particular, Solene e fui Crismado). Mais do que qualquer coisa, admiro a dedicação de muitos milhares de Católicos ao redor do mundo que têm dado a sua vida para aliviar o sofrimento de outros seres humanos. E não conheço nenhum reflexo maior do amor de Cristo que o demonstrado por Maximilian Kolbe, um padre franciscano polaco, que sacrificou a sua vida durante a Segunda Guerra Mundial. Prisioneiro num campo de prisioneiros em Auschwitz, Kolbe, dia a dia, encorajava os seus colegas de sofrimento. Ele dividia a sua ração com os doentes e enfraquecidos, apesar de estar muitas vezes pior do que aqueles a quem ajudava. Ele liderava os prisioneiros em oração, trazendo a luz de Cristo àquele triste campo de prisioneiros.

Os captores ficavam furiosos com o cristianismo de Kolbe. Eles o espancavam selvaticamente, mas Kolbe apenas orava por eles. E finalmente ele pagou o maior dos preços por sua fé e amor. Uma tarde, as terríveis sirenes começaram a soar. Um prisioneiro tinha fugido. Como retaliação, dez homens foram escolhidos para morrer por seu companheiro que fugira. Um dos dez condenados, um jovem pai, caiu no chão a chorar, pensando na sua família. De repente, Kolbe deu um passo adiante.
"O que quer?" gritou o comandante do pelotão da morte.
Kolbe respondeu suavemente:
"Quero morrer no lugar desse prisioneiro."
O nazista frio ficou chocado e sem palavras. Finalmente conseguiu dizer:
"Pedido concedido."
Kolbe foi lançado numa espúria prisão subterrâneo e abandonado para morrer à fome. Durante os seus últimos dias de vida, enquanto morria trémulo, eram ouvidas as suas orações e cânticos. Finalmente, o padre deu o seu último suspiro, fiel até à morte.

Eu quero encontrar esse querido santo no Céu. Eu quero ser fiel à Palavra de Deus. Haja o que houver. Que Deus conceda a todos nós tamanha fé n´Ele que possamos enfrentar o desafio das horas finais na Terra.

"TESTEMUNHAS DE JEOVÁ" PREDIÇÕES E ESPECULAÇÕES PROFÉTICAS

Charles Russel - fundador
"E surgirão muitos falsos profetas, e desencaminharão muitos" (Mateus 24:11, ASV)
Por que será que numerosos indivíduos ao longo dos séculos têm gostado tanto de desempenhar o papel de profeta, apesar das suas profecias quase nunca se tornarem realidade? As suas profecias falham com muita regularidade mas apesar disso eles continuam o seu profetizar. Uma razão importante é, sem dúvida, que ser olhado por outros como estando equipado com perspicácia e habilidades notáveis, dadas por Deus, pode dar à pessoa um certo sentimento de poder e importância. Sem dúvida, a tentação de ter o "ego" fortalecido dessa maneira tem produzido muitos falsos profetas.

Outros podem achar honestamente que são divinamente guiados até um entendimento correcto das profecias bíblicas e que receberam uma comissão de Deus para agir como seus profetas para dar avisos à humanidade e declarar as coisas futuras. Na The Watchtower de 1.º de Abril de 1972, pp. 197-200 [A Sentinela, 1.º de Outubro de 1972, p. 581, parágrafos 4 e 5], os líderes da Watch Tower Society reclamam essa posição para o seu movimento como um todo:
Este "profeta" não era um só homem, mas um grupo de homens e de mulheres. Era o grupo pequeno dos seguidores das pisadas de Jesus Cristo, conhecidos naquele tempo como Estudantes Internacionais da Bíblia. Hoje são conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová.

E profecias é o que mais têm produzido. È do conhecimento de quem examine as publicações da Watch Tower dos últimos cem anos, que a sua literatura está repleta de predições, a maior parte das quais falharam, enquanto outras ainda aguardam cumprimento – ou fracasso.

Têm sido publicados recentemente muitos panfletos e artigos atacando a Watch Tower Society devido às muitas datas que eles estabeleceram, como 1878, 1881, 1910, 1914, 1918, 1920, 1925, 1941 e 1975. O objectivo aqui não é apresentar outra variação sobre esse tema.1 Pelo contrário, a intenção é discutir algumas das poucas predições que de facto – pelo menos alguns aspectos – cumpriram-se. Os exemplos mais interessantes são os relacionados com a formação e óbvio falhanço das duas organizações internacionais de paz do século XX: a Liga das Nações e as Nações Unidas. As questões que daremos realce são: Quão específicas foram estas predições?

Originaram-se claramente no movimento da Watch Tower? Será que apoiam de alguma maneira as pretensões proféticas deste movimento religioso?

Como indicação da sua habilidade profética, os escritores da Watch Tower, no artigo "Tornando Conhecidas as Verdades Proféticas de Deus", publicado na The Watchtower [A Sentinela] de 1.º de Agosto de 1971, pp. 467 e seguintes, dão a impressão que, antes do eclodir da Guerra Mundial em 1914, praticamente todos excepto as Testemunhas estavam optimistas quanto ao futuro, pensando que se avizinhava paz, não guerra:
Os políticos, os religiosos e os grandes empresários deste mundo aceitaram amplamente esse ponto de vista. Contudo, as testemunhas de Jeová tinham uma opinião que era exactamente o oposto! No número de Julho de 1879 da sua publicação oficial, The Watchtower (conhecida nesse tempo como Zion's Watch Tower [A Torre de Vigia de Sião]) foi dito aos leitores: "Deus ensina em muitos textos que uma grande época de tribulações virá sobre as nações."

É verdade que durante o século XIX prevaleceram tendências fortemente optimistas nos campos da ciência, política, economia e religião. No entanto, a afirmação da Watchtower revela uma ignorância grave quanto às opiniões defendidas nesse tempo por milhões de cristãos crentes na Bíblia. "Os Estudantes Internacionais da Bíblia" eram apenas um grupo pequeno entre muitos outros grupos maiores de cristãos que na segunda metade do século XIX predisseram que o mundo se aproximava rapidamente do grande "tempo de aflição" e da segunda vinda de Cristo. Estes grupos eram parte de uma ampla corrente, conhecida como "movimento milenarista" (assim chamado devido à crença comum num reino milenar futuro na terra, governado por Cristo). Este movimento teve as suas raízes nas primeiras décadas do século XIX e no grande interesse pelas profecias da Bíblia, suscitado pela Revolução Francesa e pelas Guerras Napoleónicas. Nos dias do Pastor Russell, o movimento milenarista tinha influenciado muitas das grandes denominações, como as igrejas Episcopal, Presbiteriana e Baptista. Já nesse tempo, o movimento milenarista incluía milhões de pessoas. Comum a todos eles era o facto de não partilharem o optimismo generalizado a respeito do futuro do mundo. Portanto, o começo da Primeira Guerra Mundial não foi uma surpresa para estas pessoas, como Dwight Wilson diz no seu livro Armageddon Now [Armagedom Agora] (Grand Rapids, 1977, pp. 36, 37):
A Primeira Guerra Mundial estimulou os pré-milenaristas para um estado de expectativa exaltada. A própria guerra não foi um choque para estes opositores do optimismo pós-milénio; eles não só aguardavam a culminação da era no Armagedom, mas também antecipavam "guerras e relatos de guerras" como sinais do fim que se aproximava.

A seguir a essas palavras, Wilson cita um dos que comentavam o milénio, R. A. Torrey, que no seu livro The Return of the Lord [O Regresso do Senhor] escreveu o seguinte em 1913, um ano antes do eclodir da guerra:
Falamos de desarmamento, mas todos sabemos que não está a acontecer. Os nossos planos de paz actuais acabarão todos nas guerras mais horríveis que este velho mundo já viu!

Predições similares tinham sido feitas durante várias décadas por muitos escritores milenaristas, e Wilson apresenta alguns exemplos no seu livro. Portanto, a perspectiva quanto ao futuro adoptada pelos Estudantes da Bíblia não era única em nenhum aspecto. Era uma perspectiva comum a praticamente todos os cristãos fundamentalistas daqueles dias. As profecias acerca do que aconteceria no futuro eram inúmeras, embora os milenaristas geralmente não fixassem datas (havia excepções!) para os acontecimentos vindouros, como faziam os Estudantes da Bíblia. Por essa razão, foram poupados aos amargos desapontamentos que os Estudantes da Bíblia sentiram quando as suas expectativas falharam e os acontecimentos preditos por eles não ocorreram nas datas "certas".

Os Estudantes da Bíblia, bem como vários comentadores milenaristas, tinham explicado que a Guerra Mundial era o prelúdio do Armagedom.2 C. I. Scofield, o famoso tradutor da The Scofield Reference Bible [A Bíblia de Referência de Scofield], em 1916 pensava "que a guerra seria a luta de morte do actual sistema mundial, ao qual sucederia o Reino de Deus."3 Quando a guerra acabou de forma súbita em 1918, foi uma desagradável surpresa para estes "peritos" em profecia bíblica. Eles então explicaram que o período de paz seria muito curto e que o Armagedom viria com toda a certeza muito em breve. Quando a Liga das Nações surgiu, em 1919, eles predisseram imediatamente que esta organização falharia e que apenas conseguiria criar uma interrupção temporária antes do Armagedom.

Os escritores da Watch Tower têm tentado repetidamente dar a impressão de que, graças à sua perspicácia profética, predisseram o falhanço da Liga das Nações:
Quando a Liga das Nações foi estabelecida, alguns do clero da cristandade até a saudaram como sendo a "expressão política do reino de Deus na terra." Contudo, o que diziam as testemunhas de Jeová? De novo, diziam exactamente o contrário! O número de 1.º de Março de 1919 da The Watch Tower [A Sentinela] declarou: "Alívio duradouro para a humanidade sofredora não virá nem através de esforços humanos, nem através da liga das nações, por muito desejável que tal arranjo possa ser, mas somente através do poder de Cristo..."4

Os escritores da Watch Tower omitem o facto de esta atitude em relação à organização de paz ser a geralmente adoptada entre os milenaristas nesse tempo. Logo em 1918, o acima citado R. A. Torrey disse o seguinte numa conferência "profética" realizada pelos milenaristas na cidade de Nova Iorque, entre 25 e 28 de Novembro de 1918:
Agora que chegou o armistício, as mentes das pessoas em ambos os lados do oceano estão repletas de todo o tipo de esperanças e antecipações fantásticas que estão condenadas a produzir desapontamentos.5

Em seguida Torrey disse à sua audiência que "a Liga das Nações nunca pode alcançar mais do que uma interrupção temporária das hostilidades."6 Além disso, Dwight Wilson sublinha que "no fim da guerra havia pouco optimismo a respeito dos tratados de paz ou da Liga das Nações. Our Hope [Nossa Esperança], um periódico milenarista publicado por Arno C. Gaebelein, não tinha esperança nenhuma de que a Liga das Nações impediria a guerra."7

Foram feitas predições ainda mais detalhadas a respeito da Liga das Nações pelos dois comentadores bíblicos, C. F. Hogg e W. E. Vine, no seu livro Touching the Coming of the Lord [Tocando a Vinda do Senhor], publicado em Londres em 1919, pouco tempo antes de se formar a Liga das Nações. Eles explicaram que o falhanço da Liga das Nações estava predito na Bíblia, em Revelação 17:12, 13:
Tal Liga das Nações, por exemplo, da forma como é hoje proposta como panaceia para os problemas nacionais, não só foi predita nas Escrituras como sendo o último recurso da política internacional, mas também foi predito o seu falhanço.8

Vine, que escreveu essas linhas, em seguida citou Daniel 7:23, 24 e disse:
Foi dada ao Apóstolo João uma visão paralela. Ele também viu uma fera com dez chifres, e o simbolismo é explicado outra vez, mas ainda com maior detalhe: "Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não receberam qualquer reino; mas recebem autoridade como reis, juntamente com a fera, durante uma hora (i.e., durante um curto período de tempo). Estes têm uma só mente e dão o seu poder e autoridade à fera," Rev. 17: 12, 13. É óbvio que estes dez reis são contemporâneos. Os potentados que governam sobre eles concordam com certa política que dará a sua autoridade a um governante superior. Até agora, não existiu nenhuma liga semelhante a essa na história humana.

A partir desse texto também é evidente que a existência da Liga providenciará a oportunidade para um homem suficientemente forte dominar a situação.9
Mais adiante no livro, Vine explica:
Portanto, é claro que uma liga das nações está para vir, e esta aparentemente será uma nova forma do velho império.... Contudo, não temos justificação para concluir que os territórios da Liga das Nações, indicados pelas passagens relacionadas com os dez chifres da fera, estarão necessariamente confinados à área que acabou de ser considerada [i.e., as áreas dos impérios mundiais anteriores]. Seja qual for o arranjo, a Liga preparará o caminho para o governo do déspota final que controlará tudo.10

É muito interessante notar que as interpretações bíblicas que a Watch Tower Society começou a atribuir à Liga das Nações muitos anos depois são praticamente idênticas àquelas publicadas por Vine em 1919. É óbvio que o Presidente Rutherford e alguns dos seus colaboradores estavam bem a par, desde o início, das interpretações que vários milenaristas atribuíam à Liga das Nações. Vine e Hogg eram ambos comentadores bem conhecidos de profecias bíblicas. Além disso, a obra Vine's Expository Dictionary of New Testament Words [Dicionário Expositivo de Vive de Palavras do Novo Testamento] é muitas vezes citado nas publicações da Watch Tower. Os líderes da Watch Tower adoptaram a interpretação dele acerca de Revelação 17:11-13 no início da década de 1930, sem mencionarem a(s) fonte(s) dessa interpretação. Uma nova geração de Testemunhas é agora exposta à ideia de que os líderes da Watch Tower Society, sob a influência do espírito santo de Deus, originaram estas predições e interpretações, e isto por sua vez é usado como evidência em apoio da sua pretensão de serem o profeta de Jeová nos tempos modernos!

Tanto Vine como Hogg estavam associados com a "Open Brethren" ["Irmandade Aberta"], um ramo da "Plymouth Brethren" ["Irmandade de Plymouth"], também conhecidos como "The Darbyists" ["Os Darbyistas"]. Mas as especulações proféticas relacionadas com a Liga das Nações eram muito comuns entre os cristãos fundamentalistas de várias denominações, como por exemplo os Baptistas e os Pentecostais. Dwight Wilson escreve:
A formação da Liga das Nações produziu imediatamente especulações. As palavras que se seguem apareceram no Pentecostal Prophetic News and the Evangel [Notícias Proféticas e o Evangelho], e foram novamente impressos numa colecção que teve pelo menos cinco edições: "A Guerra Mundial originada dessa forma por ensinos de demónios tem produzido o resultado predito em Revelação 16:14. Tem reunido todos os reis da terra e de todo o mundo. Tem-nos reunido numa liga de nações que se tornará na preparação das nações para o Armagedom. O ajuntamento ou associação das nações umas com as outras é o sinal de que o fim está à vista. A Conferência de Paz de Paris preparou inconscientemente o palco para o Anticristo e para o Armagedom."11

Que dizer, então, da predição do Presidente Knorr feita em 1942 -- mesmo no meio da Segunda Guerra Mundial -- segundo a qual a organização de paz que tinha desaparecido de cena no início da guerra em 1939 "ascenderia do abismo" novamente (Revelação 17:8) depois da guerra?"12 À primeira vista, isso parece uma profecia notável. Foi uma predição que se cumpriu de forma clara. Mas não era de modo nenhum uma predição única.

Conforme se mostrou acima, já em 1919 W. E. Vine identificou a Liga das Nações com a "fera" de Revelação capítulo 17. Esta interpretação só foi adoptada pela Watch Tower Society 11 anos depois, ao ser apresentada no volume 2 do livro Light [Luz], publicado em 1930. Em 1919 a Sociedade ainda ensinava que a fera com a mulher no seu dorso, descrita em Revelação capítulo 17, era o império Romano pagão, com a apóstata Igreja de Roma "no seu dorso".13 Esta era a interpretação protestante predominante sobre a fera e a mulher desde o tempo da Reforma, no século XVI. Mas no segundo volume do livro Light [Luz], associou-se a Liga das Nações com esta visão profética, exactamente como Vine tinha feito onze anos antes. A "fera côr-de-escarlate" (Revelação 17:3) foi interpretada como sendo "A Conferência Internacional de paz de Haia", formada em 1899.14 Esta organização "funcionou até à Guerra Mundial. Então foi para o abismo e cessou funções. Depois da Guerra Mundial saiu do abismo ou cova e começou a funcionar novamente sob a forma da Liga das Nações."15 Esta interpretação esteve em vigor até 1942 (veja por exemplo o livro Enemies [Inimigos] de 1937, pp. 283 e seguintes), altura em que os líderes da Watch Tower foram obrigados a reconhecer que a Segunda Guerra Mundial também não levaria ao Armagedom. Foi por isso que se tornou necessária outra interpretação de Revelação 17.

A nova interpretação apareceu no folheto Peace -- Can It Last? [Paz -- Pode Durar?], que se baseava num discurso com o mesmo título, feito pelo Presidente da Sociedade, Nathan H. Knorr, no Outono de 1942. A Conferência Internacional de Paz de Haia era agora completamente excluída da interpretação. A "fera" era a primeira Liga das Nações. Foi "para o abismo" em 1939 quando começou a Segunda Guerra Mundial. Mas não haveria de ficar lá. Citando Revelação 17:8, o Presidente Knorr predisse: "A associação de nações do mundo levantar-se-á novamente."16

Conforme todos sabem, esta predição cumpriu-se. Mas não era difícil fazê-la nesse tempo. Conforme o próprio Knorr assinalou no folheto já mencionado (p. 21), já estavam em andamento planos para fazer reviver a organização de paz depois da guerra, tendo as Potências do Eixo, Japão e Hungria, assinado uma "nova Liga das Nações" já em 20 de Novembro de 1940. De facto, as Nações Unidas já tinham sido formadas em Washington D.C. em 1.º de Janeiro de 1942, portanto vários meses antes da "predição" de Knorr, tendo 26 nações assinando uma declaração conjunta nessa data.17

Além disso, a predição de Knorr não era nova nem única. Outros comentadores de profecias já tinham predito a mesma coisa -- alguns até dois anos antes de Knorr! Dwight Wilson refere, por exemplo, uma predição feita por Harry Rimmer, um conhecido comentador bíblico: "Harry Rimmer predisse em 1940 uma nova Liga das Nações como consequência da guerra -- e o aparecimento de um ditador universal. As Nações Unidas já chegaram, mas o ditador ainda não."18

Portanto, a Watch Tower Society não pode dizer que foi a primeira a fazer essas ou outras predições e aplicações proféticas relacionadas com a Liga das Nações e com as Nações Unidas. Os mesmos pontos de vista eram partilhados nesse tempo pelos fundamentalistas milenaristas em geral, que originaram as predições a respeito do futuro destas organizações de paz anos antes de a Watch Tower Society se ter aproveitado dessas interpretações. Os cristãos fundamentalistas em geral não modificaram a sua atitude em relação à organização de paz depois da Segunda Guerra Mundial. Eles continuam a encará-la como a "fera" de Revelação 17 e -- exactamente como a Watch Tower Society -- ensinam que a "prostituta" no seu dorso é a cristandade corrupta.19 O sociólogo Louis Gasper explica:
Os fundamentalistas acreditavam literalmente que "a mulher vestida de púrpura e escarlate" mencionada em Revelação 17 prefigura o estabelecimento de uma igreja mundial corrupta, mas colorida, que incluiria os Católicos e os Protestantes.20

A atitude da Watch Tower Society, não apenas em relação às Nações Unidas mas também em relação à "cristandade organizada e corrupta", é, portanto, compartilhada por cristãos fundamentalistas em geral. Mesmo no hábito de adoptar resoluções reprovadoras contra as Nações Unidas, a Watch Tower Society segue de perto os métodos do movimento fundamentalista:
Embora os fundamentalistas geralmente se opusessem às Nações Unidas e a criticassem com veemência, não fizeram nenhuma tentativa organizada para pressionar o Congresso no sentido de fazer os Estados Unidos sair dessa organização. A oposição deles era normalmente expressa na forma de declarações e resoluções que eram adoptadas a intervalos frequentes para indicar a sua desaprovação geral em relação às Nações Unidas.21

Conclusão
O exame que acabámos de fazer demonstrou que os pontos de vista sustentados pela Watch Tower Society acerca das organizações internacionais de paz são mais "tradicionais" do que muitas Testemunhas de Jeová pensam. São pontos de vista que, mais ou menos, têm sido partilhados por praticamente todos os cristãos fundamentalistas. Passa-se exactamente o mesmo no caso das "predições" apresentadas pela Sociedade acerca do futuro destas organizações de paz. Essas predições foram roubadas aos fundamentalistas. Portanto, se algumas destas predições parecem ter-se cumprido, isso nada prova quanto à habilidade de profetizar da Sociedade; só prova a sua habilidade em plagiar. Para fazer isso não é preciso inspiração divina. Se estas predições tivessem origem divina, os líderes da Watch Tower Society seriam obrigados a concluir que Deus as tinha dado aos cristãos fundamentalistas que estão fora da organização Watch Tower.

Resta uma questão em aberto: Será que a visão da "fera" em Revelação 17 é realmente aplicável à Liga das Nações e às Nações Unidas dos nossos dias? Mesmo que à primeira vista essa aplicação possa parecer provável, acho que tem sérios problemas.

Notas
1 Para uma discussão justa, equilibrada e académica destes falhanços proféticos e da sua importância para o desenvolvimento doutrinal e organizacional do movimento Watch Tower, veja o artigo do Dr. Joseph F. Zygmunt intitulado "Prophetic Failure and Chiliastic Identity: The Case of Jehovah's Witnesses" ["Falhanço Profético e Identidade: O Caso das Testemunhas de Jeová"], publicado no American Journal of Sociology [Revista Americana de Sociologia], vol. 75, Julho 1969-Maio 1970, pp. 926-948.
2 Wilson, p. 37 e seguintes. The Watch Tower [A Sentinela], 1.º de Novembro de 1914, pp. 327, 328.
3 Wilson, p. 38.
4 The Watchtower [A Sentinela], 1.º de Agosto de 1971, p. 469.
5 Citado por Ernest R. Sandeen em The Roots of Fundamentalism [As Raízes do Fundamentalismo], Londres, 1970, p. 235.
6 Sandeen, p. 235.
7 Wilson, p. 56.
8 C. F. Hogg e W. E. Vine, Touching the Coming of the Lord [Tocando a Vinda do Senhor], Londres, 1919, p. 95.
9 Hogg e Vine, p. 96.
10 Hogg e Vine, pp. 118, 120.
11 Wilson, p. 81.
12 Veja o folheto Peace -- Can It Last? [Paz -- Pode Durar?], publicado pela Watchtower Society em 1942, p. 21.
13 Veja por exemplo Studies in the Scriptures [Estudos das Escrituras], vol. VII, publicado pela primeira vez em 1917, pp. 259, 263. O livro teve várias edições nos anos seguintes.
14 Light [Luz], vol. 2, 1930, p. 86.
15 ibid, p. 94.
16 Peace -- Can It Last? [Paz -- Pode Durar?], 1942, p. 21. A Watch Tower Society tem-se referido abertamente a esta predição como sendo evidência da habilidade profética da organização. A The Watchtower [A Sentinela] de 1960, p. 444, parágrafo 19, afirmou que eles fizeram essa predição guiados pelo espírito de Jeová. Confronte também Your Will Be Done On Earth [Seja Feita a Tua Vontade na Terra], 1958, p. 282; "Babylon The Great Has Fallen!" God's Kingdom Rules! ["Caiu Babilónia a Grande!" O Reino de Deus Já Domina], 1963, p. 585; The Watchtower [A Sentinela], 15 de Novembro de 1963, p. 696; The Watchtower [A Sentinela], 15 de Fevereiro de 1967, p. 122 e 1975 Yearbook of Jehovah's Witnesses [Anuário das Testemunhas de Jeová de 1975], p. 203.
17 The American Annual for 1944 [O Anuário Americano para 1944], p. 701, citado na The Watchtower [A Sentinela] de 1.º de Dezembro de 1971, p. 723.
18 Wilson, p. 157. A predição de Rimmer encontra-se na p. 83 do seu livro The Coming We and The Rise of Russia [O Vindouro Nós e a Ascensão da Rússia], Grand Rapids, 1940. Que os escritos de Harry Rimmer não eram desconhecidos da Sociedade é visto pelo facto de ele ser muitas vezes citado nas publicações da Watch Tower em outros assuntos. Veja por exemplo o folheto Basis for Belief in a New World [Base Para a Crença Num Novo Mundo], 1953, no qual são citadas três obras de Rimmer nas pp. 23, 27, 37 e 44.
19 Desde 1963 a Sociedade identifica a "prostituta" com a religião falsa. Veja "Babylon The Great Has Fallen!" God's Kingdom Rules! ["Caiu Babilónia a Grande!" O Reino de Deus Já Domina], 1963.
20 Louis Gasper, The Fundamentalist Movement 1930-1955 [O Movimento Fundamentalista 1930-1955], Grand Rapids: Baker Book House, 1981 (Reimpressão da edição de 1963), pp. 49, 50.
21 Gasper, p. 52.

15/02/2009

CHARLES DARWIN EM DEBATE NA UNIVERSIDADE PONTIFÍCIA GREGORIANA

Não sei como classificar a atitude da Igreja Católica Romana, por um lado diz aos seus fiéis para lerem a Bíblia, por outro coloca a Biblia em causa nas seguintes afirmações: "A esse propósito, D. Gianfranco Ravasi esclareceu que a Bíblia e as teorias evolucionistas não são, a priori, incompatíveis. Marc Leclerc explicou que o problema teve início quando a teoria da evolução se tornou evolucionismo. Ou seja, a teoria científica transformou-se progressivamente num sistema filosófico, ideológico que interpretava toda a realidade humana, indo além do seu âmbito específico. O mesmo problema se verificou com a teoria da criação que se encontra no livro do Génesis, que se tornou criacionismo, ou seja, um sistema de pensamento também científico. "Na realidade, o autor do Génesis não tinha a intenção de dar respostas científicas, mas de responder a uma questão teológica com os instrumentos do seu tempo", esclareceu.
Como compreender este texto escrito pelo Apóstolo Pedro e inspirado pelo Espírito Santo?: "E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações;sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo." 2ª Pedro 1:19-21
Este Pedro foi inspirado pelo Espírito Santo, Cientista que conhece o fim desde o principio. Ele inspirou o Pedro das Sagradas Escrituras. Não sei se é o mesmo a quem Bento XVI atribui o mérito de ser o fundador da igreja e chama à igreja "o barco de Pedro", este barco está a afundar-se como Pedro quando desviou os olhos de Cristo. Acontece sempre o mesmo, afundamo-nos quando deixamos de fixar Jesus Cristo.(leia o artigo intitulado "Os 80 anos do Estado do Vaticano, Radio Vaticano),

09/02/2009

ÚLTIMOS ENGANOS

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”. Mat. 24:24

Hoje vamos conhecer os últimos enganos de Satanás. No início do cristianismo a estratégia do inimigo de Deus era destruir o Seu povo pela força. Ele perseguiu a igreja durante séculos, matando, prendendo e humilhando aqueles que escolhiam ser fiéis a Cristo. Mas foi a partir do segundo século que o diabo logrou êxito na sua obra de enganar. Deixou a espada e usou de astúcia infiltrando-se na igreja e misturando a verdade com o erro, como ele fez com Eva no primeiro engano.

A Aliança Satãnica

Hoje a estratégia permanece a mesma! Satanás procura ser o dirigente do mundo cristão, e infelizmente está conseguindo, e sabemos que ele conseguirá unir em um só objectivo a igreja romana, os evangélicos e o espiritismo. O domingo e a imortalidade da alma são as doutrinas que produzem a liga entre essas religiões, que unidas tentarão destruir à espada os fiéis aos mandamentos de Deus. “Mediante os dois grandes erros - a imortalidade da alma e a santidade do domingo - Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma”. EF, 137.
Personificação dos Mortos

Mediante a falsa compreensão do estado dos mortos, os anjos caídos enganarão a muitos, até mesmo entre os que se dizem fiéis a Deus. Eles fingirão ser aqueles que já morreram! É necessária uma clara compreensão deste assunto e plena confiança na Palavra de Deus, “pois os espíritos de demônios lhes aparecerão, pretendendo ser amigos e parentes amados, os quais lhes declararão que o sábado foi mudado, bem como outras doutrinas não escriturísticas”. EF, 136.Os demônios são conhecedores da vida dos seres humanos, e por isso, eles relatam fatos íntimos e demonstram conhecimento de assuntos pessoais, facilitando o engano.Como você já sabe, nossa única salvaguarda é a Bíblia. Creia incondicionalmente nela!

Falsos Reavivamentos.

Satanás tem sido o líder de muitas denominações cristãs. Ele está produzindo falsos reavivamentos onde os milagres são mais importantes do que as verdades bíblicas. O que Deus revelou sobre isso no Espírito de Profecia já está se cumprindo no Pentecostalismo e Carismatismo: “Efetuarão maravilhosos prodígios de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras”. EF, 137.O dom de profecia também tem sido distorcido nas igrejas hoje. Profetizar passou significar revelação de pecados ocultos e meras previsões futuras. Da mesma forma que o diabo enganou a Saul, revelando seus pecados e “profetizando” sua derrota e morte (ISam. 28:17 a 19), ele o faz hoje para enganar. Não que ele tenha a capacidade de conhecer o futuro, mas usa sua experiência milenar e deduções lógicas.Cultos barulhentos são parte dos enganos satânicos. O sentimentalismo suplanta os princípios da verdade bíblica. A atuação do Espírito Santo é confundida com o êxtase emocional e sensações estranhas mediante ao falso falar em línguas.

O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos, são considerados dons postos na igreja por Deus. O fanatismo e o ruído têm sido considerados indícios especiais de fé. Algumas pessoas não se satisfazem com uma reunião, a menos que experimentem momentos de poder e de gozo. EF, 139.

Prodígios.

Os anjos caídos aparecerão na terra com humanos para enganar. Eles atuarão entre os crentes para contradizer as verdades da Bíblia e os ensinos dos mensageiros divinos.Eles se farão presentes em nossas reuniões e cultos para atrapalhar a ação do Espírito Santo.Mas os anjos de Deus também estarão entre nós, para proteger àqueles que se posicionaram ao lado de Jesus.Que maravilha saber disso! Deus nunca desampara Seus amados, ainda que pareça assim, Ele sempre surpreende aos que O amam e guardam Seus mandamentos.

O Maior de Todos os Enganos.

O último e o maior de todos os enganos de Satanás será a personificação do próprio Jesus Cristo.Desde já o terreno para esta contrafação está sendo preparado, pois quase todas as igrejas cristãs não acreditam mais na segunda vinda literal de Cristo nas nuvens do céu, mas em um arrebatamento secreto, sem a presença do Salvador, ou em manifestações espirituais.Outro fator que ajudará neste engano é a ênfase em sinais e milagres que suplantam a autoridade Bíblica.Será neste ambiente que o Diabo simulará a volta de Jesus, aparecendo como um ser majestoso, com a aparência e características de Cristo, com uma glória sobrenatural nunca vista antes.

O povo se prostra em adoração diante dele, enquanto este ergue as mãos e sobre eles pronuncia uma bênção, assim como Cristo abençoava os Seus discípulos quando aqui esteve na Terra. A sua voz é meiga e branda, cheia de melodia... cura as moléstias do povo, e então, no seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. GC, 624.

Que descrição incrível! Mas somente aqueles que não fizeram da Bíblia a sua fonte de verdade serão enganados. Mas não pára por aí! Ele tenta iludir os fiéis como sendo a resposta às suas orações, ou seja, a libertação final do pecado e a salvação tão almejada. Não devemos colocar os sinais e milagres acima da Palavra de Deus. Quem assim o fizer será enganado certamente. É com esta artimanha que o diabo vai enredar a muitos. Hoje já vemos manifestações de curas e milagres em muitas igrejas que calcam conscientemente os mandamentos de Deus. Não nos devemos esquecer que o inimigo tem poder para deixar uma pessoa doente e depois curá-la!
Tem poder para tomar a mente de alguém e depois simular um exorcismo! Mas não precisamos ficar temerosos! É muito fácil saber quem é o verdadeiro Jesus, basta confiar na Palavra de Jesus e o que Ele nos deixou escrito. Veja só este quadro:

Cristo /Falso Cristo
Virá nas nuvens /Aparições na terra
Virá com todos os anjos /Sozinho ou com poucos anjos caídos
Aparição universal e gloriosa /Aparições limitadas
Visto simultaneamente por todos /Visto somente por alguns
Não toca a Terra /Toca a Terra
Ressuscita os mortos salvos /Não há ressurreição
Não opera curas e milagres individuais /Operação de milagres e curas
Não muda a Sua lei /Arroga-se o poder para ter mudado o sábado
Destrói os ímpios /Não há destruição

É hora de fidelidade incondicional a Cristo! Quem não consegue ser fiel hoje nas pequenas situações relacionadas com a guarda do sábado, dízimos, alimentação, uso de jóias e conduta realmente cristã, com certeza será facilmente levado a adorar a Satanás. Cuidado com o falso cristianismo! Freqüentar a igreja e ser membro regular não é garantia de salvação.

“O mais forte baluarte do vício em nosso mundo não é a vida iníqua do pecador declarado ou do degradado proscrito; é a vida que parece virtuosa, honrada e nobre, mas em que se alimenta um pecado ou se acaricia um vício. Gênio, talento, simpatia, mesmo ações generosas e benévolas, podem assim tornar-se engodos de Satanás para levar almas ao precipício da ruína”. EF, 135 e 136.

Hoje Jesus te convida a ter um relacionamento íntimo com Ele. Confesse seus pecados a Cristo! Reconheça se você está se iludindo com uma falsa aparência de Cristão! O que seus filhos, cônjuge, colegas de trabalho ou escola e vizinhos pensam do seu cristianismo? Você revela a imagem de Jesus para Eles? Eles vêem em você a personificação de Cristo?Vamos orar por este ideal! E quando a prova final chegar seremos fiéis até perante a morte.

05/02/2009

O DOM DE LÍNGUAS: blá, blá, blá.

Objectivos: Discernir o verdadeiro do falso Dom de línguas; compreender o Dom de língua bíblico.

Introdução: “Cantaialas, alarraias, raleluias ele cantalaias, glória cantalaia narraias laia lanarraias...
- Essa é a língua estranha ouvida numa igreja.
- Hoje o movimento de línguas estranhas tem crescido assustadoramente.
- Esse Dom tem sido colocado como evidência de que um cristão recebeu o Espírito Santo.
- O que a Bíblia diz sobre línguas estranhas?
- Existe um Dom que é a base do recebimento do Espírito Santo?

I – Pentecostes Bíblico

A- Actos 2:1-4: “O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. O Espírito Santo, assumindo a forma de línguas de fogo, repousou sobre a assembléia. Isto era um emblema do dom então outorgado aos discípulos, o qual os capacitava a falar com fluência línguas com as quais não tinham nunca tomado contato. A aparência de fogo significava o zelo fervente com que os apóstolos trabalhariam, e o poder que assistiria sua obra.” (E, G. White, Atos dos Apóstolos, 22).
- O Pentecostes foi cumprimento da chuva Temporã.

B- Act.2:9-11:
- Era um idioma conhecido
- O Dom era permanente.
- O Dom era de falar.

C- O Dom de línguas de Actos 2 teve como objectivo a pregação do evangelho. Era um idioma conhecido e o Dom era permanente.
- As línguas estranhas hoje são usadas para pregar o evangelho? É um idioma conhecido? É um Dom permanente?
- Conclusão: As línguas estranhas não tem nada haver com o Dom de línguas de Atos 2.

II- O Dom de Línguas Bíblico

A- A- I Cor.12:4, 10 e 30
– O Dom de línguas estranhas hoje é colocado como evidência da conversão e recebimento do Espírito Santo.
- Os dons da Bíblia são diversos, e não há um Dom específico que todos tenham que ter.

- João.1:32: Jesus recebeu o Espírito Santo quando foi baptizado, e não depois que foi baptizado.
- Não existe um segundo momento.
- Quem foi o homem mais cheio do Espírito que já viveu? Jesus nunca falou em línguas estranhas.

- Será que a língua estranha é língua de anjos? Quando um anjo falava com um ser humano, como no caso do anjo Gabriel anunciando o nascimento de Cristo, era compreendido?

Dois tipos de Dom de Línguas hoje:
1- Quando a pessoa tem facilidade de aprender um novo idioma: Inglês, Francês, etc.
2- Quando um missionário vai pregar para um povo de língua desconhecida sem nunca ter estudado e Deus de forma sobrenatural concede o Dom, momentâneo ou permanente.

Conclusão: As línguas estranhas de hoje não tem nada haver com o Dom de línguas do Pentecostes, não é um Dom e nem é língua de anjo.

Aplicação: Uma vez, perguntei a uma senhora pentecostal se ela falava em línguas estranhas. Ela respondeu: “Eu ainda tenho pecados, zango-me muito e faço muitas coisas erradas”.
Não nos deixemos enganar.
Os dons são diversos mas o Espírito é o mesmo.
Se o Espírito é o mesmo que concede essas línguas estranhas, porque há a mesma língua nas religiões que consultam os mortos, feitiçarias, adoradores de imagens, etc.

III – Dom de Línguas em I Cor. 14

A- I Cor. 14:10: Paulo fala de idiomas conhecidos nesse capítulo, na verdade, ele nem se refere à línguas estranhas como conhecidas hoje.
- v.2: “mistério”: Este termo hoje é aplicado a algo que não se pode entender. Quando criança eu conheci um mendigo que era chamado Mistério, pois sua identidade e família eram desconhecidos.
Na Bíblia mistério é algo conhecido – ver I Cor. 15:51.
- v.3-6: Se eu estivesse a falar agora em grego, não haveria edificação da igreja, pois ninguém entenderia. Imagine o que era falar na igreja em Grego (mesomo que fosse o Pai Nosso) ou em Latim…
- v.7 e 8: Se um instrumento toca uma melodia desconhecida, é o mesmo que não tocar nada.
- v.9-19- As línguas estranhas são compreensivas?
- v.22-23: - O Dom de Línguas verdadeiro é um sinal para os incrédulos, assim como em Actos 2, ou seja, é usado para evangelizar.
- As línguas estranhas são exactamente ao contrário, são usadas como sinal para os crentes.

- v.27-28: O Dom era usado na igreja para evangelizar, e de forma organizada, não eram todos a falar ao mesmo tempo.
- v.33 e 37: Paulo realça a ordem no culto, e não a confusão e a gritaria.

IV – O Que é Então Línguas Estranhas?

Não ocorre só entre cristãos. Já foi manifestada entre: Pagãos adoradores de Amon; feiticeiros; Mulçumanos; Esquimós; Quacres; Shakers; religiões afro-brasileiras místicas; etc.

Explições: Fenómeno: 1) Físico/Psicológico 2) Artificial 3)Satãnico 4) Divino

Conclusão:
- Qual é a evidência do Espírito Santo? Gal. 5:22 - 23
- Como actua o Espírito Santo – I Reis 19:12

Existe hoje o verdadeiro Dom de línguas.
Antes da volta de Cristo Ele novamente vai repetir o Pentecostes, o Espírito Santo será derramado e muitos falarão novas línguas para a pregação do Evangelho.

Blá, blá, blá! (Resumo)
I – Pentecostes Bíblico
A- Actos 2:1-4: “O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. O Espírito Santo, assumindo a forma de línguas de fogo, repousou sobre a assembléia. Isto era um emblema do dom então outorgado aos discípulos, o qual os capacitava a falar com fluência línguas com as quais não tinham nunca tomado contato. A aparência de fogo significava o zelo fervente com que os apóstolos trabalhariam, e o poder que assistiria sua obra.” (E, G. White, Atos dos Apóstolos, 22).O Pentecostes foi o cumprimento da chuva Temporã.
B- At.2:9-11: Era um idioma conhecido. O Dom era permanente. O Dom era de falar, e não ouvir.
C- O Dom de línguas de Atos 2 teve como objetivo a pregação do evangelho. Era um idioma conhecido e o Dom era permanente. As línguas estranhas hoje são usadas para pregar o evangelho? É um idioma conhecido? É um Dom permanente? Conclusão: As línguas estranhas não tem nada haver com o Dom de línguas de Atos 2.
II- O Dom de Línguas Bíblico
B- B- I Cor.12:4, 10 e 30. O Dom de línguas estranhas hoje é colocado como evidência da conversão e recebimento do Espírito Santo. Os dons da Bíblia são diversos, e não há um Dom específico que todos tenham que ter. Jo.1:32: Jesus recebeu o Espírito santo quando foi batizado, e não depois que foi batizado. Não existe um segundo momento. Quem foi o homem mais cheio do Espírito que já viveu? Jesus nunca falou em línguas estranhas.
Será que língua estranha é língua de anjos? Quando um anjo falava com um ser humano, como no caso do anjo Gabriel anunciando o nascimento de Cristo, era compreendido?
Dois tipos hoje de Dom de Línguas:
1- Quando a pessoa tem facilidade de aprender um novo idioma: Inglês, Francês, etc.
2- Quando um missionário vai pregar para um povo de língua desconhecida sem nunca ter estudado e Deus de forma sobrenatural concede o Dom, momentâneo ou permanente.
Conclusão: As línguas estranhas de hoje não tem nada haver com o Dom de línguas do pentecostes, não é um Dom e nem é língua de anjo. Os dons são diversos mas o Espírito é o mesmo. Se o Espírito é o mesmo que concede essas línguas estranhas, porque há a mesma língua nas religiões que consultam os mortos, feitiçarias, adoradores de imagens, etc.
III – Dom de Línguas em I Cor. 14
A- I Cor. 14:10: Paulo fala de idiomas conhecidos nesse capítulo, na verdade, ele nem se refere à línguas estranhas como conhecidas hoje. v.2: “mistério”: Este termo hoje é aplicado a algo que não se pode entender. Quando criança eu conheci um mendigo que era chamado Mistério, pois sua identidade e família eram desconhecidos. Na Bíblia mistério é algo conhecido – ver I Cor. 15:51.
- v.3-6: Se eu estivesse falando agora em grego, não haveria edificação da igreja, pois ninguém entenderia.
- v.7 e 8: Se um instrumento toca uma melodia desconhecida, é o mesmo que não tocar nada.
- v.9-19- As línguas estranhas são compreensivas?
- v.22-23: - O Dom de Línguas verdadeiro é um sinal para os incrédulos, assim como em Atos 2, ou seja, é usado para evangelizar. As línguas estranhas são exatamente ao contrário, são usadas como sinal para os crentes. v.27-28: O Dom era usado na igreja para evangelizar, e de forma organizada, não todo mundo ao mesmo tempo.
- v.33 e 37: Paulo enfatiza a ordem no culto, e não a confusão e gritaria.
IV – O Que é Então Línguas Estranhas?
Não ocorre só entre cristãos. Já foi manifestada entre: Pagãos adoradores de Amon; feiticeiros; Mulçumanos; Esquimós; Quacres; Shakers; religiões afro-brasileiras místicas; etc.
Explições: Fenômeno: 1) Físico/Psicológico 2) Artificial 3)Satânico 4) Divino
Obs. E Marcos 16:17: É só pedir para alguém que você conhece que fala línguas estranhas pegar numa serpente ou beber um veneno.
Conclusão:
- Qual é a evidência do Espírito Santo? Gal. 5:22 - 23
- Como actua o Espírito Santo – I Reis 19:12
Existe hoje o verdadeiro Dom de línguas.
Antes da volta de Cristo Ele novamente vai repetir o Pentecostes, o Espírito Santo será derramado e muitos falarão novas línguas para a pregação do evangelho.
Se você quiser saber se você tem o Espírito Santo saiba que não há um Dom específico que evidencie isso, mas Deus deixou os frutos do espírito, esses todo o verdadeiro cristão deve ter.
Lembre-se, o amor é o maior deles.