11/12/2011

O CRISTIANISMO E OS CRISTÃOS

O significado para a palavra cristão hoje é bem diferente do significado usado nas escrituras. Hoje, qualquer um que segue uma religião denominada ?cristã?, acha se no direito de dizer que é um cristão. Alguns são tão depravados em sua forma de viver que de maneira nenhuma fazem jus a essa palavra. Outros são tão errados biblicamente e mesmo assim insistem em achar-se cristãos. E aí está o problema: O próprio indivíduo achar-se um cristão quando não o é.

A palavra cristão como é usada na bíblia é um apelido. E este apelido referia-se aos crentes que andavam de uma forma digna. A conduta (dentro da família e da sociedade), a transformação interior e exterior, sucediam a profissão de fé destes crentes. Tamanha era a transformação que se tornavam impossíveis de não serem notados. Então a própria sociedade, testemunhando esta transformação, chamava-os cristãos? Assim, ser apelidado de cristão seria uma grande honra a qualquer crente.

É errado, mesmo numa igreja considerada correta, chamar pessoas não regeneradas de cristãos. Não vemos na Bíblia um só exemplo dos apóstolos considerarem verdadeiros crentes aqueles que ainda viviam no pecado. Paulo dá um grande exemplo disso em I Co 6:9-11; quando fala que: “Os injustos não herdarão

05/12/2011

MARTINHO LUTERO E AS 95 TESES

Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.
1ª Tese - Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos…., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese - E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese - Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese - Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.

23/11/2011

Jerónimo Savonarola

Jerónimo era o terceiro dos sete filhos da família. Nasceu de pais cultos e mundanos, mas de grande influência. O seu avô paterno era um famoso médico na corte do duque de Ferrara e os pais de Jerónimo planeavam que o filho ocupasse o lugar do avô. No colégio, era aluno esmerado. Quando ainda menino, tinha o costume de orar e, ao crescer, o seu ardor em orar e jejuar aumentou. Passava horas seguidas em oração. A decadência da igreja, cheia de toda a qualidade de vício e pecado, o luxo e a ostentação dos ricos em contraste com a profunda pobreza dos pobres, magoavam-lhe o coração. Passava muito tempo sozinho, nos campos e à beira do rio Pó, em contemplação perante Deus, ora cantando, ora chorando, conforme os sentimentos que lhe ardiam no peito. Quando ainda jovem, Deus começou a falar-lhe em visões. A oração era a sua grande consolação; os degraus do altar, onde se prostrava horas a fio, ficavam repetidamente molhados de suas lágrimas.

21/09/2011

AS CRIPTAS DE LUCINA


Lapide Cornelius Martyr
Ao longo da Via Appia, após meados do séc. 2º, tiveram origem as Criptas de Lucina. O nome de Lucina deve-se à notícia trazida pelo Liber Pontificalis na biobrafia de Cornélio: "A bem-aventurada Lucina, com a ajuda de alguns eclesiásticos, recolheu à noite os restos do bispo (dirigente da igreja local) Cornélio para depô-los numa cripta escavada numa propriedade sua no Cemitério de Calisto na Via Appia, em 14 de setembro".

As criptas são formadas por dois hipogeus "alfa" e "beta", pequenas áreas subterrâneas destinadas a sepultura, contendo alguns cubículos, que se comunicam entre si por galerias e possuem exteriormente duas escadas. No séc. 4º essas criptas foram unidas ao Cemitério de Calisto através de uma galeria que permitia aos peregrinos, que tinham visitado as criptas, atingirem diretamente a sepultura de Cornélio aí sepultado.

Lapide Cornelius Martyr
Cornélio, eleito bispo em 251, depois de um ano de à frente da igreja de Roma, foi exilado em Civitavecchia onde morreu no ano seguinte. Devido aos graves sofrimentos padecidos foi considerado mártir. A Igreja de Roma celebrou a data da sua definitiva deposição no cemitério de Calisto em 14 de setembro. A sua sepultura tornou-se meta de constante peregrinação testemunhando o florescente culto aos mártires em Roma.

O corpo de Cornélio foi deposto num amplo nicho quadrangular do hipogeu b e diante dele foi colocada uma placa de mármor onde foram esculpidas as palavras:
Na pare à esquerda da sepultura estão representados os Sisto II e Optato. À direita da sepultura há uma mesa de forma circular: servia para apoiar as lamparinas a óleo que ardiam em honra dos mártires. Vêem-se na parte alta da parede, as figuras de Cornélio e Cipriano, bispo de Cartagena (mártir na perseguição de Valeriano em 258).
As quatro figuras são nimbadas, isto é, têm a auréola ao redor da cabeça; vestem hábitos eclesiásticos e com a mão esquerda seguram um livro ornado de pedras preciosas (o Evangelho). Acima da sepultura de Cornélio, encontra-se parte da lápide em que foram gravados os versos do Dâmaso, por ele ditados como lembrança da construção da escada que leva à cripta e da abertura de uma dupla clarabóia. O bispo que realizou os trabalhos levado pela própria solicitude pelas sepulturas dos mártires, e convida os fiéis a orarem por ele, enfermo e aflito por muitas preocupações.

Encontra-se nessas criptas um cubículo duplo, rico de pinturas do final do séc. 2º com as cenas do Batismo de Jesus, Daniel na fossa dos leões, duas figuras do Bom Pastor, outras duas orantes veladas, o ciclo de Jonas. Encontram-se aqui os famosíssimos peixes eucarísticos: dois peixes e diante de cada um deles um cesto com pães, com uma taça cheia de vinho tinto. Simbolizam a Sanata ceia.

19/09/2011

OS CRISTÃOS DO TEMPO DAS PERSEGUIÇÕES

Catacumbas de Roma.
"Carta de identidade" dos primeiros Cristãos.
Desde do 1º séc. a religião cristã difundiu-se rapidamente em Roma e em todo o mundo, não só pela sua originalidade e universalidade, mas muito também pelo testemunho de fervor, de amor fraterno e de caridade demonstrada pelos cristãos para com todos. As autoridades civis e o próprio povo, antes indiferentes, começaram a demonstrar hostilidade à nova religião, porque os cristãos recusavam o culto ao imperador e a adoração às divindades pagãs de Roma. Os cristãos foram por isso acusados de deslealdade para com a pátria, de ateísmo, de ódio, de delitos ocultos, como incesto, infanticídio e canibalismo ritual; de serem causa das calamidades naturais, como a peste, as inundações, a carestia, etc.
A religião cristã foi declarada: strana et illicita: estranha e elícita (decreto senatorial de 35), exitialis: perniciosa (Tácito), prava e immodica: malvada e desenfreada (Plínio), nova et malefica: nova e maléfica (Suetónio), tenebrosa et lucifuga: obscura e inimiga da luz (Octavius de Minucio), detestabilis: detestável (Tácito); depois foi posta fora da lei e perseguida, porque considerada como o mais perigoso inimigo do poder de Roma, que se baseava na antiga religião nacional e no culto ao imperador, instrumento e símbolo da força e unidade do Império.
Os três primeiros séculos são a época dos mártires, que terminou em 313 com o édito de Milão, com o qual os imperadores Constantino e Licínio deram liberdade à Igreja. A perseguição nem sempre foi contínua e geral, isto é, estendida a todo o império, nem sempre igualmente cruel e cruenta. A períodos de perseguições seguiam-se períodos de relativa tranquilidade.
Os cristão, na grande maioria dos casos, enfrentaram com coragem, frequentemente com heroísmo, a prova das perseguições, mas não a sofreram passivamente. Defenderam-se com força, confrontando tanto a falta de fundamento das acusações que lhes eram dirigidas de delitos ocultos ou públicos, apresentando os conteúdos da própria fé ("Aquilo em que acreditamos") e descrevendo a própria identidade ("Quem somos").

11/08/2011

A IGREJA DO “DESERTO” ENTRE O ANO 160 E O SÉCULO XII

Não é fácil traçar um lugar exato para o movimento dos anabatistas, pois os mesmos mudavam-se durante os períodos de graves perseguições. Outro problema é o apelido que eles levavam. Houve tempo em que mais de um apelido foi usado para designar o mesmo grupo de pessoas, é o caso dos montanistas na Ásia, Paulicianos na Arménia e Donatistas na África do Norte, todos viveram na mesma época entre os séculos IV ao VIII. No período que vai desde o ano 160 até 1100, houve pelo menos quatro grandes e influentes grupos de anabatistas. São eles: Os Montanistas - principalmente na Ásia Menor; Os Novacianos - Na Ásia Menor e na Europa; Os Donatistas - por toda a África do Norte; e os Paulicianos - primeiramente no Médio Oriente, indo para o centro europeu e de lá para os Alpes no sul e regiões campestres no norte da Europa.

Os apelidos que receberam derivavam-se ou de um nome pessoal (exemplo: Donatistas de Donato) ou podia ser derivado de um lugar (exemplo: Albingenses da cidade de Albi no sul da França). Porém, o que mais importava nestes quatro grupos, não era o nome que recebiam, mas se realmente eram fiéis às doutrinas da Bíblia.

OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO MONTANISTAS.
Oficialmente os montanistas foram os primeiros cristãos a serem chamados de anabatistas pelos cristãos infiéis ou hereges. O apelido montanista vem do nome próprio MONTANO, que foi um pastor frígio que viveu por volta de 156 A.D.

Foi um movimento que varreu toda Ásia Menor num momento em que as igrejas estavam a ser destruídas pelas heresias da Salvação pelo batismo e a idéia de um bispo monárquico. Os montanistas insistiam em que os que tivessem decaído da primeira fé deveriam ser batizados de novo.

O historiador contemporâneo Earle E. Cairns diz que o movimento foi uma tentativa de resolver os problemas do formalismo na igreja e a dependência da igreja da liderança humana quando deveria depender totalmente do Espirito Santo. E também acrescentou que o montanismo representou o protesto suscitado dentro da igreja quando se aumenta a força da instituição e se diminui a dependência do Espirito Santo. (O Cristianismo através dos Séculos, pg 82 e 83).

Como a sua mensagem era uma necessidade para as igrejas o movimento espalhou-se rápidamente pela Ásia Menor, África do Norte, Roma e Oriente. Algumas igrejas grandes chegaram mesmo a serem chamadas Montanistas. Foi o caso da igreja de Éfeso. Tertuliano, considerado um dos maiores Pais da Igreja, por ser bom estudante da Bíblia, atendeu aos apelos do grupo e tornou-se montanista. Apesar de serem radicais quanto as regras de fé de uma igreja eram pessoas humildes e mansas.

As igrejas erradas reagiram contra esse movimento. No concílio de Constantinopla, em 381 (portanto nesta época a igreja e o Estado já estavam casados um com o outro), os pastores das igrejas heréticas ou católicas declararam que os montanistas deviam ser olhados como pagãos, serem julgados e mortos.

As igrejas erradas tinham verdadeiro ódio aos montanistas. O próprio Montano é visto como um arqui-herege da Igreja. Os livros inventam e condenam o movimento chamando-lhe pagão e anti-cristão. Na verdade pagãos e anti-cristãos eram os membros das igrejas erradas. Assim que as igrejas erradas casaram-se com o Estado veio a perseguição das mesmas contra os montanistas.

Vale um ressalvo ao amigo leitor. Muitas enciclopédias, ou livros, mencionam coisas ruins sobre grupos anabatistas (tais como: Montanistas, Donatistas, Novacianos, Cátaros, Paulicianos, Valdenses, Albingenses, e até mesmo os Anabatistas do século XVI). Temos que lembrar que faz parte da natureza corrompida do homem culpar os outros pelos seus erros, bem como, difamar o outro para salvaguardar a sua vida ou a sua integridade diante dos outros. Vejamos o caso dos judeus no tempo de Cristo. Os tais, malignamente mataram o Senhor Jesus, e, sabendo da ressurreição, colocaram vigias para guardarem o túmulo (Mat. 27:62-66). Não podendo evitar que Jesus saísse de lá, resolveram difamar os seus discípulos, pagando aos guardas que mentissem, dizendo terem roubado o seu corpo (Mat. 28:11-15). Não fosse a Bíblia, a Palavra de Deus, testemunhar que era mentira o que diziam os judeus, e então, estaríamos todos a pensar que Jesus nunca ressuscitou. Aliás, este ainda era o pensamento no tempo do apóstolo Paulo (Actos 25:19), sendo que o próprio Pôncio Festo, governador da Judéia, acreditava nesta mentira inventada pelos judeus. Portanto, não podemos acreditar nas enciclopédias e livros que são escritos por católicos ou protestantes, os quais, participaram de massacres contra os anabatistas. Os Cátaros ? também conhecidos como albingenses por exemplo, foram terrivelmente esmagados numa cruzada ordenada pelo Papa Inocêncio III. Foi um grupo praticamente exterminado numa das mais cruéis e sangrentas ações assassinas já vista no

09/08/2011

IDENTIFICANDO OS ANABATISTAS DO SÉCULO XII a XV

Os anabatistas dos séculos XII ao XV são a continuação ou os descendentes diretos dos anabatistas primitivos. A única coisa que vai mudar é o sobrenome do apelido. Vimos que na primeira geração de anabatistas havia quatro grandes correntes, que ia desde o Oriente Médio até a Europa. A partir do século XII, a mais forte destas correntes (os paulicianos) fundiu sua identidade com os irmãos europeus que serão estudados neste capítulo.

Dois grandes grupos de anabatistas apareceram neste período. Esse número pode ser bem maior, mas me falta conhecimento para integrá-los aos demais. Não é nossa idéia trabalhar com hipóteses. Trabalhamos com declarações e documentos de estudiosos no assunto de história das igrejas. Por isso consideraremos apenas dois grupos como autênticos anabatistas. São eles: Os albingenses e os Valdenses. A história de amor pela palavra de Deus, e a perseguição que sofreram decorrente deste amor, é uma das histórias mais lindas e tristes que já li.

OS ANABATISTAS CONHECIDOS COMO ALBIGENSES
Após os quatro grupos primitivos de anabatistas os albigenses é o primeiro a se destacar como seus descendentes. Já se notou que os montanistas, donatistas e novacianos, após a investida de Roma e Constantinopla sobre eles, foram obrigados a se refugiar na região dos Pirineus, sul da Franca. Também os paulicianos a partir do século XI se fixaram nestes lugares. Foi exatamente assim que Deus guardou sua igreja pura e viva, para descobri-la novamente ao mundo e pregar as boas novas. Os velhos nomes morreram, mas a fé permaneceu a mesma. A doutrina também não mudou. Também não mudou o costume de rebatizar os católicos, e por isso todos os dois grupos eram identificados como seus antecessores, ou seja, ?anabatistas?.

A Origem dos Albigenses.
Alguns historiadores traçam a origem dos albigenses como tendo provindo dos paulicianos (Enc. Brit. I pg 45), enquanto outros afirmam que eles se achavam no sul da França desde os primeiros dias do cristianismo. Este apelido não provém do nome de um pastor famoso, como por exemplo os novacianos. É um apelido proveniente do lugar onde os anabatistas se encontravam. Albi era uma cidade no distrito de albigeois, no sul da França.

Após a perseguição desencadeada por Roma e Constantinopla sobre os montanistas, novacianos e donatistas, estes três grupos, sem exceção, ficaram impedidos de pregar nas cidades do ocidente e do oriente onde prevalecia o poder papal. A prática de rabatizar os católicos era punida com a morte. Então, num gesto de conseguir a sobrevivência da fé e da ordem apostólica, estes grupos procuraram esconder-se nos Alpes e nos Pirineus. Ao chegarem nestes lugares perderam o antigo apelido e foram conhecidos por outros apelidos: ALBIGENSES - pelo lugar onde se refugiaram; CÁTAROS - Devido a pureza de vida que levavam; HOMENS BONS - Pela inegável integridade desses crentes; e ANABATISTAS - por rebatizarem os que vinham do catolicismo romano ou ortodoxo.

Não existia diferença entre as doutrinas dos recém-chegados a esse refugio - como foi o caso dos paulicianos - e os anabatistas já instalados ali há quase um milênio - a saber, os montanistas, novacianos e donatistas. Mesmo vindos de cantos totalmente diferentes e de diversos lugares do mundo antigo, ao chegarem nos vales dessas montanhas, uniam-se facilmente uns com os outros. O crescimento dos anabatistas neste lugar fez o dr. Allix calcular o seu número em três milhões e duzentos mil pessoas só nos Pirineus. (O batismo Estranho e os Batistas, pg 63). É maravilhoso saber como Deus guardou os anabatistas por tantos séculos e depois ajuntou-os num mesmo lugar. É maravilhoso saber que a podridão do catolicismo não conseguiu penetrar nessas igrejas de Jesus Cristo por todos estes séculos.

Perseguição contra os albigenses
Qualquer pessoa pode por si mesma fazer um estudo minucioso sobre as atrocidades cometidas contra os albigenses. O que o catolicismo fez por mais de um século contra esse grupo de anabatistas pode ser lido em qualquer biblioteca de uma simples escola pública. Basta pegar uma enciclopédia e abrir na página de Inocencio III. Este papa católico foi um dos muitos que mataram friamente anabatistas por mais de mil e trezentos anos. Só que as atrocidades deste papa foram todas registradas e não podem ser escondidas da sociedade. Para a igreja católica ele é um santo. Para mim o mais usado por Satanás de seu tempo.

O Papa Inocencio III (1198-1216) desencadeou contra os anabatistas de albi o que foi chamada de ?a quarta cruzada?. A chacina, iniciada em fins do século XII, iria se prolongar até meados do século XIII. Centenas de milhares de albigenses - também chamados de cátaros e bons homens, foram cruelmente assassinados pelo mandato papal. Houve em 1167 na cidade de Toulouse o chamado ?concílio albigense?. Assunto: Tratar simplesmente dos hereges anabatistas que lá viviam. O resultado desse concílio foi a quarta cruzada posta em vigor pelo papa Inocencio III. Em 22 de Julho de 1209, quase toda a população de Béziers foi massacrada. O papa Inocencio e seus sucessores, em nome de Deus, matava anabatistas como se mata porcos. Alguns albigenses que conseguiram se refugiar em Montségur (foram estes os últimos albigenses anabatistas a assim serem chamados), conseguiram sobreviver até o ano de 1244. O escritor Nicolas Poulain assim descreveu o seu fim:

` A 16 de Marco de 1244, os sitiadores prepararam uma enorme fogueira no sopé do rochedo de Montségur. Então, os 200 sobreviventes saíram do refúgio e desceram em lenta procissão até seus carrascos. Os sãos sustinham os enfermos; de mãos dadas, entoavam hinos religiosos. Entre eles, havia uma mãe com sua filha doente... impassíveis, todos entraram nas chamas... o local onde foi erguida a fogueira ainda é conhecido como o ?campo dos queimados?; ali se erigiu uma funerária.

08/07/2011

LISTA DE HERESIAS DO CATOLICISMO ROMANO

CONCLUSÃO
Qual será a próxima invenção? A Igreja Romana diz que nunca muda; mas mesmo assim, ela não tem feito nada mais do que inventar doutrinas contrárias à Bíblia, e vir praticando ritos e cerimonias que largamente vieram de paganismo. Um estudioso descobriu que 75% dos ritos e cerimonias da Igreja Romana, são de origem pagã.
Nota: – Cardinal Newman, em seu livro, “O Desenvolvimento da Religião Cristã” admite que “Templos, incenso, lamparinas, oferendas de agradecimento, água benta, dias santos e períodos de devoção, procissões, benção campal, vestimentas sacerdotais, o corte circular do cabelo (de padres, monges e freiras), imagens … são coisas oriundas de origem pagã…” (Página 359).
HERESIAS são aquelas doutrinas e práticas contrárias à Bíblia. Elas são também chamadas de “tradições humanas” ou “doutrinas dos homens”. Tanto Pedro como Paulo previram e alertaram que nos últimos dias “falsos professores” iriam surgir na Igreja e trazer consigo, “heresias de perdição” e “doutrinas de demônios”. (Leia II Pedro 2:1-3, e I Timóteo 4:1-5). Jesus reprovou os Fariseus, porque eles transgrediram os mandamentos de Deus ao manterem suas tradições. “Mas, em vão” Ele disse “me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens ” (Mateus 15:3,9.)
IRMÃOS! A Palavra de Deus nos manda sair da Babilônia, dizendo: “Sai dela, povo meu, para que não sejas participante do seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Apocalipse 18:4). Todos os Cristãos verdadeiros irão permanecer fiéis a sua religião de Cristo, assim como a Bíblia os ensina, e escutarão ao aviso do Apóstolo Paulo, quem disse: “Mas, ainda que nós
mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gálatas 1:8).

02/07/2011

As Grandes Religiões

Todas as grandes religiões da Terra congregam em suas fileiras bilhões de pessoas de todos os países e raças. Dentre essas podem ser destacados o Cristianismo em seus milhares de subdivisões, o Judaísmo, o Bramanismo, o Budismo, o Xintoísmo, o Induísmo, o Islamismo, e muitas outras.

O cristianismo nominal divide-se entre católicos e protestantes, estes hoje comummente chamados de evangélicos. Os católicos são divididos em duas grandes correntes, os romanos e os ortodoxos, que obedecem a orientações diferentes; os primeiros com sede na cidade de Roma são liderados pelo papa, designado por Sumo Pontífice e que entre os seus vários títulos ostenta os de Servo dos Servos de Deus, Vicarius Filii Dei ou Vigário (ou Substituto) de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Os católicos ortodoxos obedecem à orientação do seu líder maior, chamado o patriarca e que tem o seu trono em Constantinopla, no Oriente. A única diferença entre eles é a de liderança, existindo a tendência de unificação, ao que tudo indica sob a direcção do bispo de Roma, o papa.

Os chamados protestantes dividem-se em milhares de igrejas ou instituições, que aumentam a cada dia. É difícil que se passe um único dia sem que apareça uma nova denominação religiosa, resultado de defecções entre as existentes ou, não raro, da ambição de pessoas ou de grupos de pessoas que ostentam vários tipos de interesses, nem sempre de inspiração cristã.

O nome protestante vem do protesto dos príncipes alemães, no século XVI, por ocasião da reforma iniciada pelo padre católico Martinho Lutero. Rebelando-se contra os abusos papais, deu início ao movimento que inspirou muitos outros e que resultaram na sacudidura do jugo romano. Estes movimentos levaram, por fim, à formação de várias igrejas ou instituições e denominações religiosas. Livrando-se da autoridade de Roma, nem sempre conseguiram eles se livrar de muitos dos erros incorporados às doutrinas, práticas e ensinamentos que aquela igreja herdou do paganismo, acumulados ao longo de muitos séculos de apostasia.

O Judaísmo teve as suas raízes no Antigo Testamento das Sagradas Escrituras. A base das suas doutrinas e ensinamentos é a mesma do Cristianismo. Rejeitando a Jesus Cristo como o Messias prometido, o Cordeiro de Deus, continua até hoje a praticar os ritos que prefiguravam o Salvador, como o sacrifício dos cordeiros simbólicos. Depois da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., foram dispersos por todo o mundo e ainda hoje praticam a sua religião em todas as partes do planeta.

O Budismo, o Hinduísmo e o Confucionismo são praticados por biliões de pessoas no planeta, especialmente no Oriente.

O Islamismo, preponderantemente religião dos povos árabes, originou-se com Maomé no século VI. Maometanos ou muçulmanos, como também são conhecidos, representam milhões de adeptos, conhecidos pela sua ortodoxia e rigidez de princípios radicais.

16/06/2011

AS FESTAS PAGÃS DA IGREJA ROMANA: CORPUS CHRISTI

De acordo com a Wikipedia: Corpus Christi (expressão latina que significa Corpo de Cristo) é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. A procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canónico (cân. 944) que determina ao Bispo diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia”.
A festa foi decretada em 1264 e baseia-se no conto fictício de que o pedaço de pão (a Hóstia) ter- se-ia transformado em carne viva de Cristo, tornando-se em sangue na boca da pessoa que tomava a Eucaristia.
Ostensório, usado para transportar o pão mistíco da Igreja Romana. Lembra o SOL e não é mera coincidência.
Centenas de protestantes foram mortos por não concordarem com o misticismo pagão desta doutrina. Wycliffe, atacou estr preceito ante a Universidade de Oxford em 1381.
Juan Mollius, italiano, professor, sacerdote aos 18 anos, ao ler as verdades do Evangelho descobriu os erros da Igreja de Roma, entre outros, Purgatório, Transubstanciação, Missa, Confissão Auricular, Oração pelos Mortos, Hóstia, Peregrinações, Extrema-Unção, Cultos em idioma desconhecido, e outros. Foi enforcado em 1553, tendo sido o seu corpo queimado.
De acordo com o Livro dos Mártires (p.118-119):
Um jovem inglês que estava em Roma [por volta de 1560], passava um dia diante de uma igreja quando saiu a procissão da hóstia. Um bispo levava a hóstia, e vendo-a o jovem, arrebatou-a e lançou-a no chão e calcou-a, gritando: “Miseráveis idólatras, que deixais o verdadeiro Deus, para adorar um pedaço de comida!”. Esta ação provocou de tal modo o povo que o teriam despedaçado o jovem naquele mesmo momento, mas os sacerdotes persuadiram a multidão que o deixassem para que fosse sentenciado pelo Papa.
Quando contaram o assunto ao Papa, este sentiu-se sumamente enervado, e ordenou que o preso fosse queimado de imediato; porém um cardeal o perssuadiu desta apressada sentença, dizendo-lhe que seria melhor castigá-lo gradualmente e torturá-lo, para poder descobrir se tinha sido instigado por alguma pessoa determinada a cometer uma ação tão atroz.
Aprovado isto, foi torturado com a maior severidade, porém só conseguiram tirá-lhe estas palavras: “Era a vontade de Deus que eu fizesse o que fiz”. Então o Papa pronunciou a sentença contra ele:
1) Que o carrasco o leve com o torso nu pelas ruas de Roma.
2) Que leve a imagem do diabo sobre a cabeça.
3) Que lhe pintassem nas calças uma representação das labaredas.
4) Que lhe cortassem a mão direita.
5) Que depois de ter sido assim levado em procissão, fosse queimado.
Quando ouviu esta sentença, implorou a Deus que lhe desse força e integridade para manter-se firme. Ao passar pelas ruas, foi enormemente escarnecido pelo povo, aos quais falou algumas coisas severas acerca da superstição romanista. Mas um cardeal que o ouviu, ordenou que o amordaçassem.
Quando chegou à porta da igreja onde tinha pisado a hóstia, o carrasco cortou-lhe a mão direita, e a cravou-a num pau. Depois dois torturadores, com tochas acesas, abrasaram e queimaram a sua carne durante o resto do caminho. Ao chegar no lugar da execução beijou as correntes que o amarravam à estaca. Ao apresentar-lhe um monge a figura de um santo, bateu nela lançando-a no chão; depois, acorrentando-o na estaca, acenderam a lenha, e pronto ficou reduzido a cinzas.
Pouco depois da execução acabada de mencionar, um venerável ancião, que tinha permanecido muito tempo prisioneiro da Inquisição, foi condenado à fogueira, e tirado para ser executado. Quando estava já acorrentado à estaca, um sacerdote susteve um crucifixo diante dele, e disse: “Se não tirares este ídolo da minha vista, serei obrigado a cuspir-lhe”. O sacerdote repreendeu-o por falar tão duramente, porém ele disse ao sacerdote para se lembrar do primeiro e do segundo mandamento, e que se afastasse da idolatria, como Deus mesmo tinha ordenado. Foi então amordaçado, para que já não falasse, e pondo fogo na lenha, sofreu o martírio no fogo.
(O Lívro dos Mártires, Página 129)
Nos vales de Piemonte, no século 17, Dn Rambaut, de Vilário, pai de uma numerosa família, foi apreendido e levado para a prisão juntamente com muitos outros, no cárcere de Paysana. Aqui foi visitado por vários sacerdotes, que com insistencoa tudo fizeram para o persuadir a renunciar à religião protestante e a tornar-se seguidor do papa. Mas recusou rotundamente e os sacerdotes, ao verem a sua decisão, pretenderam sentir piedade por sua numerosa família, e disseram- lhe que poderia, com tudo, salvar a sua vida se afirmasse a sua crença nos seguintes artigos:
1) A presença real na hóstia.
2) A Transubstanciação.
3) O Purgatório.
4) A infalibilidade do Papa.
5) Que as missas realizadas pelos defuntos livravam almas do purgatório.
6) Que rezar aos santos dá remissão dos pecados.
O senhor Rambaut disse aos sacerdotes que nem a sua religião nem o seu entendimento nem a sua consciência lhe permitiriam subscrever nenhum destes artigos, pelas seguintes razões:
1) Que acreditar na presença real na hóstia é uma chocante união de blasfémia e idolatria.
2) Que imaginar que as palavras de consagração executam o que os romanistas chamam de transubstanciação, convertendo o pão e o vinho no verdadeiro e idêntico ao corpo e sangue de Cristo, que foi crucificado, e que depois ascendeu ao céu, é uma coisa demasiado torpe e absurda para que acredite nela sequer uma criança que tiver a mínima capacidade de raciocínio; e que senão a mais cega superstição poderia fazer que os católico-romanos depositassem a sua confiança em algo tão ridículo.
3) Que a doutrina do purgatório é mais inconsequente e absurda que um conto de fadas.
4) Que era uma impossibilidade que o Papa fosse infalível, e que o Papa se arrogava de forma soberba algo que somente podia pertencer a Deus como ser perfeito.
5) Que dizer missas pelos mortos era ridículo, e somente tinha a intenção de manter a crença na fábula do purgatório, por quanto a sorte de todos estava definitivamente decidida ao partir a alma do corpo.
6) Que a oração aos santos para remissão dos pecados é uma adoração fora de lugar, por quanto os mesmos santos têm necessidade da intercessão de Cristo. Assim, já que somente Deus pode perdoar os nossos erros, deveríamos ir somente a Ele em busca do perdão.
Os sacerdotes sentiram-se tão enormemente ofendidos ante as respostas do senhor Rambaut aos artigos que eles queriam se subscrevesse, que decidiram abalar a sua resolução mediante o mais cruel método imaginável. Ordenaram que lhe cortassem a circulação dos dedos das mãos até o dia que ficasse sem eles; depois passaram aos dedos dos pés; depois, alternadamente, foram cortando um dia uma mão, outro dia um pé; porém ao ver que suportava os seus sofrimentos com a mais admirável paciência, fortalecido e resignado, e mantendo a sua fé com uma resolução irrevogável e uma constância inamovível, o apunhalaram no coração, e deram o seu corpo como comida para os cães.
Para ler sobre os mártires por causa da questão do Corpus Christ, Eucaristia e paganismos semelhantes leia o Livro dos Mártires.

11/04/2011

SEGREDOS DO VATICANO

“ACASALAMENTO” ENTRE PAGÃO E CRISTÃO

Irineu
Ontem à noite recebi um telefonema de uma pessoa que não vejo há muitos anos. Fui o seu pastor, baptizei-a no baptismo de Jesus. O telefonema era para tratar um assunto específico, mas falámos durante 3 horas. É bom recordar o passado e as experiencias lindas nele vividas, foi o que fizemos.
Às tantas, falámos da Igreja Católica Romana – devo dizer que esta pessoa é muito bem formada e informada – e concluímos; sendo verdade que no seio desta Igreja tem surgido homens e mulheres de uma grandeza moral, espiritual e despojamento simplesmente sublime. O conjunto de dogmas e a adulteração das doutrinas bíblicas são do mais abominável que se possa fazer. E tudo começou assim.
Nos primeiros 20-30 anos do Cristianismo, a mensagem era transmitida basicamente pela palavra falada. Porém, há notícias de terem circulado textos de teor catequético. Aí pela metade do primeiro século, portanto, uns 20 anos depois de Cristo subir ao Céu, os Cristãos começaram a escrever. Primeiro foram as Epístolas (Cartas) e depois os Evangelhos, no final do 1º século o livro do Apocalipse, formando-se assim os 27 livros do Novo Testamento.
No último quartel desse século, apareceram vários escritores, os chamados “Pais Apostólicos”. O nome foi devido ao facto deles terem contactado com os Apóstolos. Chamaram-lhes “Pais”, por serem os primeiros escritores do Cristianismo, logo a seguir aos livros do Novo Testamento.
Estes “escritores” acentuavam a vida de ligação a Cristo e aos Irmãos.
No segundo século, foram os “Apologetas”, escritores que defenderam o Cristianismo contra as ideias erradas dos pagãos. Ficaram célebres Justino e Ireneu . Mas houve outros, que são muito conhecidos na literatura cristã… Estes homens já contactavam com os filósofos e os pensadores de então. E daí em diante, a Igreja nunca deixou de captar e de assimilar os saberes de cada tempo, e integrá-los nos seus rituais.
No séc. III, o caudal de escritores e escritos já era grande. Destacaram-se personagens como: Clemente de Alexandria, Orígenes, Tertuliano, Arnóbio, Lactâncio… Os temas eram cristãos, mas o espírito de reflexão estava nas melhores linhas do saber de então. Estes e outros pensadores foram assim assimilando os saberes gregos. Começou o acasalamento da racionalidade grego com o espírito do Evangelho. O que podia tal “casamento” produzir?

05/04/2011

O ANTICRITO E A REFORMA PROTESTANTE

A Reforma Protestante em 1500, literalmente, mudou o curso da história. Ela ajudou a movimentar a Europa para fora da Idade das Trevas e levou ao surgimento da verdadeira liberdade religiosa. Estes princípios originais finalmente encontraram expressão na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América, que ensina que quando se trata de religião, os governos da Terra não têm o direito de controlar a consciência.
O verdadeiro Protestantismo, ensina a salvação pela graça através da fé em Jesus (Efésios 2:8) e a supremacia da Bíblia acima da igreja visível (2 Timóteo 3:16) – acima das tradições, pastores, padres, papas e reis (Ver D’Aubigné História da Reforma do século XVI, XIII, livro, capítulo VI, pp. 520-524). Também ensina o sacerdócio de todos os crentes (2 Pedro 2:9-10) e que todas as pessoas em todos os lugares podem ser salvas, vindo diretamente ao nosso amoroso Pai Celestial através de Seu Filho único, Jesus Cristo (João 14:6). “…há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1 Timóteo 2:5).
O que os principais reformadores protestantes ensinam sobre o Anticristo? Se você concorda ou não com eles, é importante perceber o que eles ensinaram. As citações a seguir não são com o intuito de fomentar a má vontade em relação a qualquer ser humano, pois isso seria contrário ao ensinamento de Jesus Cristo (João 13:34-35), mas simplesmente apresentar o que alguns dos mais influentes líderes cristãos que já viveram acreditavam sobre o “chifre pequeno” de (Daniel 7:8), “a besta” de (Apocalipse 13:1), o “homem do pecado” de (2 Tessalonicenses 2:3) e sobre o Anticristo.
Martinho Lutero (1483-1546) – Batista: “Lutero … provou, pelas revelações de Daniel e S. João, pelas epístolas de São Paulo, São Pedro e São Judas, de que o reinado do Anticristo , previsto e descrito na Bíblia, era o Papado … E todo o povo disse: Amém! Um santo temor se apossou de suas almas. Foi o Anticristo quem ele viu sentado no trono pontifício. Essa nova ideia, que ganhou maior força a partir das descrições proféticas lançadas adiante por Lutero para o meio dos seus contemporâneos, infligiu o golpe mais terrível em Roma.” Extraído de JH Merle D’Aubigné História da Reforma do século XVI, livro VI, Capítulo XII, p. 215.
Baseado nesses estudos proféticos, Martin Luther finalmente declarou: “Temos a convicção de que o papado é a sede do verdadeiro e real Anticristo.” (18 de agosto de 1520). (Extraído de The Prophetic Faith of Our Fathers, por LeRoy Froom. Vol. 2., Pg. 121.)
João Calvino (1509-1564) (Presbiteriano): “Algumas pessoas pensam que somos demasiadamente severos e censuradores quando chamamos de Anticristo o pontífice romano. Mas aqueles que são desta opinião não consideram que eles trazem a mesma carga de presunção contra o próprio Paulo, de quem falamos, e cuja linguagem adotamos … vou brevemente mostrar que as (palavras de Paulo em II Tessalonicenses 2) não são capazes de qualquer interpretação diferente do que a aplicação ao papado.” Extraído de Institutes of the Christian Religion, by John Calvin.
John Knox (1505-1572) (Presbiteriana Escocesa): John Knox tentou contrariar “a tirania que o próprio papa têm por tantos séculos, exercido sobre a Igreja”. Tal como aconteceu com Lutero, ele finalmente concluiu que o papado era “o verdadeiro anticristo, o filho da perdição, de quem falava Paulo.” (extraído de The Zurich Letters, by John Knox, pg. 199.)
Thomas Cranmer (1489-1556) (anglicana): “Roma segue para ser a sede do anticristo, e o papa a ser o próprio anticristo. Eu poderia provar o mesmo por muitas outras escrituras, escritores antigos, e razões fortes”. (Referindo-se às profecias do Apocalipse e Daniel.) extraído de Works by Cranmer, Vol. 1, pp. 6-7.
Roger Williams (1603-1683) (Primeiro Pastor Batista na América): Pastor Williams falou sobre o Papa como “o pretenso vigário de Cristo na terra, que se assenta como Deus sobre o Templo de Deus, exaltando-se não só acima de tudo o que é chamado de Deus, mas sobre as almas e as consciências de todos os seus vassalos, sim, sobre o Espírito de Cristo, sobre o Espírito Santo, sim, e do próprio Deus … fala como o Deus do céu, pensando em mudar os tempos e as leis, mas ele é o filho da perdição (II Tessalonicenses 2). ” (extraído de The Prophetic Faith of Our Fathers, by Froom, Vol. 3, pg. 52.)
A Confissão de Fé de Westminster (1647): “Não há outro cabeça da igreja, senão o Senhor Jesus Cristo. Nem pode o papa de Roma, em qualquer sentido ser o seu chefe, mas é este o Anticristo, o homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e tudo o que é chamado de Deus.” (Extraído de Philip Schaff’s, The Creeds of Christendom, With a History and Critical Notes, III, p. 658, 659, ch. 25, sec. 6.)
Cotton Mather (1663-1728) (Teólogo Congregacional): “Os oráculos de Deus predisseram o surgimento de um Anticristo na Igreja Cristã, e no Papa de Roma, todas as características do Anticristo são tão maravilhosamente respondidas que, se qualquer um que ler as Escrituras não vê-lo, há uma maravilhosa cegueira sobre eles”. (Extraído de The Fall of Babylon by Cotton Mather in Froom’s book, The Prophetic Faith of Our Fathers, Vol. 3, pg. 113.)
John Wesley (1703-1791) (Metodista): Falando do papado, John Wesley escreveu: “Ele está em um sentido enfático, o homem do pecado, como que aumentando todos os tipos de pecado acima da medida. E ele é, também, devidamente intitulado como “o Filho da Perdição”, como ele tem causado a morte de inumeráveis multidões, tanto de seus opositores como seguidores … Ele é o que … se levanta contra tudo que se chama Deus, ou que é adorado … reivindicando maior poder, e maior honra … reivindicando as prerrogativas que pertencem somente a Deus.” (Extraído de Antichrist and His Ten Kingdoms, by John Wesley, pg. 110).
Uma grande nuvem de testemunhas: “Wycliffe, Tyndale, Lutero, Calvino, Cranmer, no século XVII, Bunyan, os tradutores da Bíblia King James e os homens que publicaram as confissões de fé batistas e de

04/04/2011

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E PROVÉRBIOS 8:22 "O SENHOR ME FEZ..."

“22 O SENHOR me possuiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras.
23 Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra.
24 Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes carregadas de águas.” Provérbios 8.
Salomão apresenta neste texto que acabámos de ler uma parábola, ou se quisermos, uma alegoria para descrever a excelência da sabedoria. Em linguagem figurada, descreve o surgimento da sabedoria, a sua antiguidade inescrutável, a sua participação na criação, o seu valor que excede o entendimento humano e o regozijo com os homens. É o texto do Antigo Testamento que os chamados “Testemunhas de Jeová” usam para demonstrar que Cristo foi criado. A tradução Novo mundo (só usada por esta corporação de carater religioso) é esta ou com o mesmo sentido: “Jeová me fês no começo do seu caminho, antes das suas obras da antiguidade.” Verso 2.
E nisto querem seguir a versão dos LXX, ou Septuaginta, toda em grego, que consigna: “O Senhor me criou…”, da qual os arianos tanto abusaram com o fim de defenderem o argumento sobre unitarismo. E desta forma forçam o verbo hebraico qânâh (que no texto aparece numa forma imperfeita e pronominal qananî) a ter o sentido de “criar” ou “fazer”. Ora, isto não corresponde à verdade, e pode afirmar-se com absoluta certeza, serem erróneas neste ponto, tanto a versão Sepuaginta com a dos jeovistas.
Os especialistas em línguas semitas, destacando-se o Dr. F.C. Barney, afirmam que o verbo hebraico qânâh

17/03/2011

A GRAÇA, O LIVRE-ARBÍTRIO E O JUÍZO

O nome Jacobus (James) Arminius (1560-1609) e os termos Arminiano e Arminianismo nem sempre foram prontamente reconhecidos pelos Adventistas do Sétimo Dia. Na verdade, muitos têm inicialmente confundido estes termos com os Arménios da Turquia e estigmatizados pelos Cristãos Ortodoxos ou com o grande herege anti-trinitariano Arius e os seus ensinamentos arianos. Mas, apesar da obscuridade e confusões relacionadas a esta terminologia, Armínio e o Arminianismo têm desempenhado um papel muito importante como parte da herança protestante da teologia adventista.
É interessante, e até um pouco surpreendente, descobrir que Arminius e Arminianismo não foram sequer mencionados por Ellen White no O Grande Conflito (ou em qualquer outro lugar dos seus escritos). Tal omissão, porém, foi provavelmente porque a maioria das suas ideias mais importantes foram transmitidas a Ellen White e o adventismo através da influência de John Wesley (1703-1791) [1]. Seja como for, a teologia de Armínio provaram ser bastante fundamentais para a chave dos ensinamentos doutrinários adventistas. Mas antes de nos voltarmos a uma revisão dessas ideias importantes, nós precisamos saber mais sobre a pessoa Jacobus Arminius e seus posteriores discípulos arminianos.
Esboço Biográfico.
Jacobus Arminius nasceu em Oudewater, perto de Utrecht, na Holanda. [2] A sua família de classe média foi devastada durante a infância de Jacobus pela morte de seu pai. Mas essa tragédia foi agravada pela morte da sua mãe e irmãos durante o massacre espanhol de Oudewater em 1575. O jovem Arminius foi posteriormente ajudado por amigos da família que lhe possibilitaram uma educação universitária muito boa.
A sua educação superior começou em Marburg, na Alemanha, em 1575 e na Universidade de Leiden, na Holanda, de 1576 à 1581. O seu talento como estudante chamou a atenção de um número de ricos comerciantes de Amsterdan, que patrocinaram os seus estudos teológicos posteriores. Este longo período iniciado no Ano Novo de 1582 na Academia de João Calvino de Genebra continuou até 1586, com uma pausa para estudos adicionais em Basileia (1582-1583). O destaque da sua educação teológica capacitou-o a estudar com o renomado estudioso Theodore Beza (1519-1605).
Beza tornou-se o sucessor de João Calvino em Genebra, especialmente no seu papel como professor de teologia e líder na famosa academia (agora Universidade de Genebra). Durante os estudos de Arminius em Genebra, Beza (então com 62 anos) já era muito respeitado entre os crentes calvinistas / reformados em toda a Europa. Beza era um Calvinista ferrenho e tomou posição radical sobre a doutrina da predestinação. Estas ideias provaram ser muito importantes mais tarde, no desenvolvimento teológico de Armínio e nos eventos subsequentes no calvinismo e protestantismo em todo o mundo.
Após uma breve visita de estudo a Itália em 1587 (incluindo a Universidade de Pádua), Armínio voltou para

31/01/2011

A INQUISIÇÃO EM FRANÇA

As vestes dos condenados.
O Polvo Estende os Braços - Estava, pois, erguida, em desafio ao mundo, a Inquisição na Itália, sob os carinhosos auspícios e o cuidadoso regulamento do Cardeal Sinibaldo – o pontífice Inocêncio IV. O tribunal seria sustentado à custa do confisco e das multas. Inquisidores seria os Dominicanos. Ao principio, tudo se revolta contra o monstro. Mas a Igreja de tal sorte o ajeita, que acaba por se firmar a Inquisição nas terras italianas. Eia, pois, a estender o “divino”remédio de salvação das almas, até ao resto da Europa. E voltou então a Igreja os olhos para a Alemanha. Foi pouco duradoura a ilusão romana. Logo tiveram os inquisidores de renunciar á esperança de manter ali a sua

17/01/2011

Antoine COURT

Nos mais negros dias da perseguição, numa aldeia de Vivarais, Velleneuve-de-Berg (França), pátria do huguenote Olivier de Serres, uma jovem senhora levou o seu filho primogénito com o propósito de o dedicar ao Senhor seu Deus, tal como Ana (1ª Sam. 1:25-28). Não havia templo, ela era uma humilde camponesa e, o lugar de culto era numa modesta casa que fazia frente com a rua de são João e são Lucas.
Este menino como Samuel foi criado nessa casa de culto e ai cresceu, aprendeu a ler a Bíblia, aí também, o Espírito Santo impressionou este menino a tornar-se pastor da Igreja Reformada. Ele foi o “Restaurador das Igrejas protestantes franceses”.
Antoine Court, era o seu nome, tornou-se um terrível incómodo para a Igreja tradicional e consequentemente iniciou-se a mais atroz perseguição para lhe roubar a vida. Ele e muitos dos fiéis abandonaram a aldeia de Vivarais e encontraram refúgio nas grutas das Cévennes.
“Por entre as trevas que baixaram à Terra durante o longo período da supremacia papal, a luz da verdade não poderia ficar inteiramente extinta. Em cada época houve testemunhas de Deus - homens que acalentavam fé em Cristo como único mediador entre Deus e o homem, que mantinham a Escritura Sagrada como a única regra de vida, e santificavam o verdadeiro sábado. Quanto o mundo deve a estes homens, a posteridade jamais saberá. Foram estigmatizados como hereges, impugnados os seus motivos, criticado o seu caráter, e suprimidos, difamados ou mutilados os seus escritos. No entanto, permaneceram firmes, e de século em século mantiveram a fé em sua pureza como sagrado legado às gerações vindouras.
A história do povo de Deus durante os séculos de trevas que se seguiram à supremacia de Roma, está escrita no Céu, mas pouco espaço ocupa nos registos humanos. Poucos traços de sua existência se podem encontrar, a não ser nas acusações de seus perseguidores. Foi tática de Roma obliterar todo vestígio de dissidência de suas doutrinas ou decretos. Tudo que fosse herético, quer pessoas quer escritos, procurava ela destruir. Expressões de dúvida ou questões quanto à autoridade dos dogmas papais eram suficientes para tirar a vida do rico ou pobre, elevado ou humilde. Roma se esforçava também por destruir todo registo de sua crueldade para com os que discordavam dela. Os concílios papais decretavam que livros ou escritos contendo relatos desta natureza deviam ser lançados às chamas. Antes da invenção da imprensa, os livros eram pouco numerosos, e de forma desfavorável à preservação; portanto, pouco havia a impedir que os romanistas levassem a efeito o seu desígnio.” O Grande Conflito, p. 61

04/01/2011

SALVA-NOS SENHOR QUE PERECEMOS

Muitos sacerdotes, à semelhança de Martinho Lutero, declinavam de ensinar ensinos sem fundamento bíblico, perseguidos escondiam-se nas montanhas no Norte de Itália e no Sul de França, muitos membros das suas comunidades os seguiam e nas zonas montanhosas construíam rústicas casas e cultivavam terrenos donde retiravam os seus alimentos.
Neste tempo, todas as prisões do reino de França estavam atulhadas de fiéis. A forca, a roda, as galés, a fogueira eram o seu certo destino destes mártires, na terra não são canonizados como santos, mas segundo a promessa de Deus serão “vestidos de vestes brancas”. No coração de todos os hugunotes era agitado constantemente por sons e vozes da notícia de amigos, familiares, que tinham sido executados. Na sua angustia criaram e com o fito de se animarem uns aos outros um mote: “Salva-nos, Senhor, nós perecemos!”
Este foi o primeiro selo da Igreja do Deserto e representava o barco dos discípulos que depois de uma noite de tormenta e açoitados por onda ferozes, clamaram estas palavras ao Mestres.
O Protestantismo francês iniciou-se com o reformador católico Jacques Lefevre, que iniciou as suas pregações em 1514, portanto antes de Lutero. Depois que a Reforma se tornou pública na Alemanha, atingiu também as massas francesas. Logo, os protestantes franceses passaram a seguir as orientações de João Calvino.