30/01/2012

SERÁ A VIRGEM MARIA RAINHA DO UNIVERSO?

A palavra da Tradição:
“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta de corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo”. (C.C. p. 273, # 966).
Contestação - Nada do que foi dito acima bate, como já analisado, com a Bíblia. Ao afirmar que Maria detém a posição de Rainha do Universo, a Tradição admite que ela é Rainha de Todas as Coisas. Lamentavelmente, o Catecismo Católico não cita uma só passagem bíblica que confirme essa declaração. Deus não divide a sua glória com ninguém. Vejam o que está escrito na Bíblia a respeito da adoração a uma falsa deusa, chamada de “Rainha dos Céus”:
“Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira” (Jeremias 7.18).
Ora, eles faziam isso em nome da Tradição. Vejam: “... Queimaremos incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e lhe ofereceremos libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito...”(Jeremias 44.17).
A Bíblia ensina que honra e glória pertencem ao Senhor: “Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças”
(Apocalipse 5.12). O nome que está exaltado é o de Jesus, não é o da “Rainha do Universo”.
Vejam: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”
(Filipenses 2.9-10). Portanto, só devemos dobrar nossos joelhos para adorar ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.
MILLENIUM PROFECIAS

25/01/2012

A INQUISIÇÃO PORTUGUESA O PADRE ANTÓNIO VIEIRA

Neste período entrou-se numa actividade frenética, tirando-se todo o partido legítimo e ilegítimo, lícito e ilícito, da bula de Maio de 1536. Já se pode levantar bem a cabeça, em nome da lei do papado! E D. João III levanta-a e não perde o seu tempo: constroem-se prisões especiais para os réus de judaísmo, o edifício das Escolas Gerais converte-se em masmorras… mas tudo isso é pouco!
D. Pedro – o Regente na maioridade de Afonso V, mandara construir – na Praça do Rossio, em Lisboa, lado norte, um edifício destinado a habitação dos embaixadores estrangeiros… Por ter esse destino, se lhe chamava Paço dos Estaus. Foi ele quem salvou a insuficiência de cárceres. Instalou-se ali o Santo Ofício e ali se conservou até ao terramoto de 1775, sendo depois construído o Palácio da Inquisição.
Em Évora, logo desde 1536, em frente da Sé, no Largo do Marquês de Marialva, se erguia palácio próprio dos inquisidores. Foi o primeiro do país; e fizeram-se ali mais de vinte e duas mil condenações. Iam para lá os réus do Alentejo e do Algarve. A Inquisição de Coimbra satisfazia às necessidades piedosas da Igreja e do rei, nessa diocese e na da Guarda. Até chegou a funcionar o Santo Ofício em Lamego e em Tomar!
A Inquisição do Porto foi ordenada por D. João III em 1541 e instalou-se na Rua Escura, numas casas pertencentes a Fernão Aranha e a sua mulher Catarina Seixas. Houve naquela cidade um auto-de-fé em 11 de Fevereiro de 1543, para se mostrar à gente do Porto “quanto delicada era a justiça da Inquisição” – escreve no Há-Lapid, órgão da comunidade israelita do Porto, o capitão Barros bastos. O corregedor Francisco Toscano, quatro dias depois do auto, contava e el-rei o seguinte:
“…Esta provisão veio com outras do bispo, o qual logo fez ordenar tudo o que era necessário, e mandou fazer em um capo desta cidade, de onde estava a Porta do Sol, três cadafalsos pela ordenança dos de Lixª e a 11 deste mês de Fevereiro se fez o auto, em que houve 84 penitentes a saber, 4 que padeceram e 21 que se queimaram em estátuas, e 15 de cárcere perpétuo com sambenitos, e 43 penitenciados a cárcere temporal de 1 a 10 anos, e duas testemunhas falsas, as heresias destes (segundo as sentenças delatavam) foram muitas e graves e valeu aos de cárcere perpétuo, que pediram mesa, com muita contrição. O auto foi bem feito e sossegado, com boa ordem que nele houve, pôs grande espanto a gente desta terra, que nunca outro tal verão. Estimou-se a gente, que a ele veio assim desta terra como de fora, em 30 000 pessoas, e parece que esta justiça foi feita por vontade de deus, que chovendo os dias antes de muita água e vento, o dia do auto subitamente tornou mui sereno e claro; durou o auto com a queima até às 5 da tarde, nesta terra houve muito proveito, e fruto assim no espiritual como temporal depois que a Santa Inquisição é nela…”
Foram queimados vivos três homens e uma mulher; e dezasseis homens e cinco mulheres foram queimados em estátuas – diz o mencionado Sr. Barros Basto – “porque não desejando passar pela purificação do fogo, puderam fugir a tempo”. O que é certo é que, apesar dos “frutos” e do “proveito” que o corregedor atribui ao auto, não há noticia de ter havido outro no Porto e a própria Inquisição, ali, não pôde vingar, tendo sido extinto o tribunal em 1547. mas não magoava isso o ânimo da Igreja ou do rei: a Lisboa, Coimbra e às masmorras de Évora – chamadas covas da Inquisição – iriam parar os réus, ainda que viessem do…Paraíso!
E os Judeus fugiam quanto podiam! Chegavam naus carregadas de fugitivos a Ragaza, a Ferraria, a Veneza, a Ancora…Fugiam para a Inglaterra, para a França e sobretudo para os Países Baixos… E bem faziam os que podiam fugir!
Finalmente – Ao passo que, por um lado, o rei espremia no coração dos cristãos-novos todo o mal encontrado e inventado diabolicamente na bula de 1536, não desistia, por outro lado, de levar o pontífice a dar-lhe a Inquisição limpa de todo o “senão”!
Baltasar Limpo, o bispo e inquisidor do Porto, vai assistir ao Concílio de Trento, e quebra, enfim, todos os redutos. Tendo grande influência no Concílio, pugnou a favor do estabelecimento da Inquisição, sem restrições; e portanto a concessão do Santo Ofício a Portugal devia fazer-se conforme el-rei queria.
“O remédio da Igreja – dizia ele ao papa – está em evacuar os maus humores.”
Mas nem a influencia de Baltasar Limpo na assembleia conciliar, nem a simpatia da sua eloquência directamente sobre o ânimo do papa, teriam arrancado à Cúria o dó de peito, a nota final, que marca o termo do negócio vil de Roma, arrastado durante duas dezenas de anos, se não se desse ao pontifico o que ele ambicionava gulosamente!
A Inquisição foi finalmente instituída na sua forma mais completa e definitiva pela bula de 16 de Julho de 1547.
Em troca, Paulo III recebia as rendas do bispado de Viseu. “Dourou assim – escreve Alexandre Herculano – os seus últimos dias com os vis esplendores das torrentes de outro, que tinham sido o preço de um dos mercados mais infames que se encontram na história da humanidade… Os inquisidores de Portugal queriam carne humana: a Cúria subministrava-lha, mas na carta de aviso certificava aos compradores, que tinham de pagar à vista o preço da mercadoria: - as rendas da mitra de Viseu…
Só o neto de Paulo III, Alexandre Farnès, auferia do estabelecimento definitivo da Inquisição, em dinheiro corrente e em título seguro para o receber sucessivamente, perto de meio milhão de cruzeiros!”
E acrescenta o historiador insigne: “Os cristãos-novos que tinha logrado sair do País foram os únicos que escaparam…” No mais… “apodreciam nas masmorras, esquecidos até para o trato e para o suplício…”
O domínio absoluto do potro, da polé e da fogueira estabeleceu-se incontestavelmente na região das crenças religiosas, prevalecendo sobre a doutrina evangélica da tolerância e da liberdade… Muitos dos queimados, como Judeus convictos, morriam abraçados com a cruz, dando todas as demonstrações de sincero cristianismo – concordava o bispo de Chisano – mas observava que, apesar disso, era indispensável continuara a queimar os réus sentenciados, porque, se demonstrações tais pudessem salvá-los nessa hora tremenda, recorriam àquele expediente todos os verdadeiros hereges e nenhum seria punido!...
O século XVI – aquele século corrupto e feroz… tendo por inscrição no seu adito o nome obsceno de Alexandre VI, e por epitáfio em seu termo o nome horrível do castelhano Filipe II, o rei filicida, pode, em Portugal, tomar também para padrão, que lhe assinale metade do curso, o nome de um fanático, ruim de condição e inepto, chamado D. João III”.
Nódoa monstruosa, que surpreende e aflige ainda a alma portuguesa!

A Adoração à Virgem Maria e às Deusas Pagãs

A Adoração à Virgem Maria e às Deusas Pagãs.doc

16/01/2012

VIRGEM MARIA VENERADA PELOS CATÓLICOS. PORQUÊ?

Uma indicação significativa da tentativa final da Igreja Católica elevar Maria para o mesmo lugar de Cristo, é a veneração popular a Maria. Esta prática representa o resultado natural dos dogmas e ensinamentos marianos proclamados ao longo dos séculos pela Igreja Católica. Ao proclamar a virgindade perpétua de Maria, a sua imaculada concepção, a sua assunção corporal aos céus, o seu papel como mediadora celestial e Co-redentora, a Igreja Católica promoveu a veneração popular a Maria, que muitas vezes ultrapassa a adoração a Cristo. Isto é evidente numa das orações que termina: “Santa Maria, Mãe de Deus. Rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. “
Maria um digno exemplo de pureza, amor e piedade
Como a mãe do Salvador do mundo, Maria, sem dúvida, mantém para sempre um lugar especial entre todas as mulheres e na história da redenção. Ela trouxe a Jesus no temor de Deus, mesmo tendo uma família disfuncional, onde o Salvador não era inicialmente aceito por seus irmãos e irmãs.
É perfeitamente natural admirar a Maria como o melhor modelo feminino de pureza, amor e piedade. Ela é um brilhante exemplo de dedicação materna, humildade e pureza. Verdadeiramente ela foi “bendita entre as mulheres” (Lucas 1:42).
A Exaltação não-bíblica de Maria
O problema é que ambas as igrejas tanta a Católica como a Ortodoxa Grega não param por aí. A partir de meados do século V (o Concílio de Éfeso, em 431, quando Maria foi proclamada Theotokos – Mãe de Deus), elas ultrapassaram os limites bíblicos. Elas transformaram a “mãe do Senhor” (Lucas 01:43) na Mãe de Deus, a humilde “serva do Senhor” (Lucas 1:38) na Rainha do Céu, a “agraciada” (Lucas 1:28) na distribuidora das graças, a “bendita entre as mulheres” (Lucas 1:42) na celeste Co-redentora, Mediadora e Advogada. Poderíamos dizer que ela foi transformada de filha remida da queda de Adão no pecado a Co-redentora da humanidade.
No início, Maria foi isenta das tendências pecaminosas herdadas, mesmo depois do pecado original. Depois de séculos de debates, ela foi proclamada em 1854 tendo sido concebida imaculadamente, ou seja, sem qualquer mancha de pecado. Ao longo dos séculos, a veneração de Maria gradualmente tornou-se em culto popular a Maria. O resultado é que os católicos devotos de hoje dificilmente deixam escapar um Pater Noster, sem uma Ave Maria. Eles voltam-se com mais frequência para a mãe, compassiva para intercessões, do que ao divino Filho de Deus, porque pensam que através de Maria qualquer petição será mais certamente respondida.
A distinção entre a adoração e veneração
A Igreja Católica ensina que há uma distinção básica entre a adoração a Deus, conhecida como latria, a veneração geral dos santos, chamada dulia, e a especial veneração de Maria, chamada hiperdulia. No livro “Introdução a Maria: O Coração da Doutrina e da devoção mariana”, o professor Mark Miravalle explica os diferentes significados dos três termos.
“Adoração, que é conhecida como latria na teologia clássica, é o culto e homenagem que justamente é oferecido a Deus. É o reconhecimento da excelência e perfeição de uma pessoa, incriada e divina. . . Veneração, conhecido como dulia na teologia clássica, é a honra devida a excelência de uma pessoa criada. . . .Na categoria de veneração vemos a honra e reverência que os santos justamente recebem. . .
“Dentro da categoria geral de veneração, podemos falar de um único nível de veneração. . . a classicamente chamada hiperdulia, [que é] a devoção atribuída a Virgem Maria. Hiperdulia ou especial veneração a Maria continua a ser completamente diferente e inferior à adoração que é devida somente a Deus. A devoção a Maria nunca rivaliza na natureza ou grau de adoração adequado somente a Deus. Apesar da veneração da Santíssima Virgem ser sempre inferior à adoração dada exclusivamente a Deus, ela será sempre superior a devoção dada a todos os outros santos e anjos.” [87]
Estas distinções teóricas entre a adoração de Deus, a veneração geral dos santos, e a veneração especial à Maria, existe principalmente na mente dos teólogos católicos, mas eles são desconhecidos ou ignorados na vida devocional da maioria dos católicos. Isto é evidente quando consideramos as orações oferecidas a Maria.
Argumentos Bíblicos para a Veneração de Maria
Textos bíblicos usados para apoiar a veneração de Maria
A defesa católica para a veneração de Maria é em grande parte derivada da exaltação, expressa nos dogmas e ensinamentos marianos gradualmente promulgados ao longo dos séculos. É baseada nas funções que lhe foram atribuídas pela Igreja Católica como Mãe de Deus, Rainha do Céu, Medianeira, Co-redentora, Advogada, Intercessora e Dispensadora de graças.
A base bíblica para a veneração de Maria não existe. Os poucos textos que são geralmente usados, não fazem alusão a qualquer forma de culto devido à Maria. O apologista católico Ludwig Ott resume os textos utilizados para a veneração de Maria acima de todas as outras criaturas, mas abaixo de Deus. Ele escreve: “A fonte das Escrituras

15/01/2012

A GRAÇA DIVINA NA VIDA DO PECADOR IMPENITENTE

Texto bíblico: Génesis 4:1-16

1. Existem pessoas que não reconhecem a graça de Deus no Antigo Testamento.
2. Há quem declare que a graça se manifestou apenas no Novo Testamento.
3. Outros defendem que no Antigo Testamento Deus impunha uma religião legalista, sem misericórdia, sem amor e sem compaixão.
4. Por fim, os que não admitem a comiseração de Deus – sentimento de piedade pela infelicidade de outrem – no Antigo Testamento.

I. Uma Oferta a Jeová.
“O Senhor dera a Caim e Abel instruções relacionadas com o sacrifício que deveriam trazer-Lhe. Abel, guardador de ovelhas, obedeceu à ordem do Senhor e trouxe um cordeiro como oferta. Esse cordeiro, ao ser morto, representava o Cordeiro de Deus, que seria morto pelos pecados do mundo. Caim trouxe como oferta o fruto da terra, a sua própria produção. Não estava disposto a depender de Abel quanto a uma oferta. Não lhe pediria um cordeiro. Pensou nas suas próprias obras perfeitas, e estas apresentou a Deus. ...” Cristo Triunfante, 2002, p.35 (Meditações)

1. Deus pediu uma oferta e especificou. Só não é dito se eles construíram um altar. No entanto, o sacrifício seguinte que é referido refere um altar (Gén. 8:20).
2. O sistema de ofertas e sacrifícios foi introduzido por Deus quando o homem foi expulso do Jardim (E.G.White, PP. 54-58).
3. vs. 3-4. Revelam que Caim sabia que estava a fazer mal ao apresentar uma oferta que Deus não pediu. Ele foi instruído que o sangue representava o sangue do Filho de Deus que seria derramado pela expiação dos pecados.
4. Ao seguir a orientação divina de sacrificar um cordeiro pelos seus pecados, ele teria mostrado lealdade a Deus, autor do sistema de sacrifícios, teria expressado fé no plano da redenção: Heb. 11:4.
5. Caim reconheceu parcialmente os direitos de Deus sobre ele. Há em primeiro lugar uma revolta contra o pedido de Deus. Há uma recusa de reconhecer-se como pecador e necessitado de um Salvador.
6. A sua oferta não representava penitência pelo pecado: Heb. 9:22.
7. Caim reconhecia a existência de Deus e o Seu poder para dar ou para reter as bênçãos terrenas. Sentia que era proveitoso viver em boa relação com a Divindade. Considerou que esta oferta era suficiente para apaziguar a ira de Deus. Que tipo de carácter tinha desenvolvido Caim?

II. O Carácter de Caim: “…mas Caim e a sua oferta” (Génesis 4:5)
1. Prepotente: Vemos como Caim se vê, vê o seu irmão e como vê Deus.
2. O sacrifício não é aceite por Deus, sente o orgulho ferido e a sua arrogância transparece. Caim percebeu a ausência de um sinal visível do agrado de Deus e da aceitação da sua oferta.
3. “Pelo que irou-se Caim fortemente,” pode dizer-se “ira = arder”. Sentiu um poderoso ressentimento contra o seu irmão e para com Deus.
4. A conduta de Caim exemplifica o pecador impenitente cujo o coração não é subjugado. Quando percebe que não é aceite, torna-se ainda mais rebelde. Caim não ocultou os seus sentimentos. O seu semblante “descaiu-lhe”. Frustração, desagrado e ira.
5. Presunçoso: Presunção é o acto de supor algo, pretensioso. Caim ouviu a orientação de Deus (Génesis 4:6-7) e sem dizer uma palavra saiu com a pretensão de cometer fratricídio (Génesis 4:8). Assassinou o seu inocente irmão.
6. Displicente: Pessoa que revela desinteresse. Deus conversa com Caim duas vezes. A primeira para orientá-lo antes de cometer matar o seu irmão (Génesis 4:6-7), ele nada respondeu. A segunda para convidá-lo à reflexão depois de derramar sangue inocente (Génesis 4:9), ele revela desinteresse por Deus.
7. Incorrigível: Alguém que não se sujeita a correcção, embora seja para seu bem. Caim questiona Deus pelas consequências de seu próprio pecado, insinuando que Deus é injusto.
III. O Carácter de Deus: como Deus vê Caim.
1. Compaixão: Deus vê Caim triste e compadece-se dele (Génesis 4:6-7).
* “Então Deus perguntou a Caim: Porque te iraste? Quem fala é Deus (ver vs. 14-16). Deus continua a aproximar-se pessoalmente dos homens depois de terem sido expulsos do Jardim.
2. Bondade: Depois que Caim mata o irmão, Deus ainda se aproxima dele com bondade, fazendo uma pergunta que certamente Caim sabia a resposta (Génesis 4:9).
* A recusa da oferta por Deus, não significa necessariamente a recusa de Caim. Deus, com compaixão, (misericórdia e paciência), estava pronto a dar-lhe outra oportunidade.
* Apesar de lhe mostrar o desagrado ao recusar a oferta, apresenta-se diante do pecador para falar, aprofundar as razões, para persuadir do erro do seu proceder.
* Deus falou a Caim como a um menino caprichoso, na intenção de o ajudar a compreender a verdadeira motivação que assaltava o seu coração como um animal feroz.
3. Amor/Disciplina: “Que fizeste?” Não tendo tido resultados no trato suave, Deus procedeu de forma directa; fazendo compreender Caim o crime que tinha cometido. “Que fizeste?” implica que Caim tinha plena consciência do seu acto.
* Abel é um tipo de Cristo. Também Jesus, ao vir ao mundo como “parente” da humanidade, foi recusado e morto pelos seus irmãos. (v.10)
Deus faz cair o castigo maior sobre a terra e não sobre Caim (Génesis 4:10-12). Caim continua com vida e saúde por muitos anos!
4. Graça: Deus não elimina Caim, embora o salário do pecado seja a morte: o do Cordeiro ou de quem não aceitou o Cordeiro. Embora Deus revelasse justiça se tirasse a vida de Caim para não perpetuar suas características, Ele coloca um sinal de protecção “para que não o ferisse quem quer que o encontrasse” (Génesis 4:15). Caim saiu ingrato da presente graça de Deus a fim de seguir sua própria vida de pecado!

Conclusão:
1. Deus ama mesmo aqueles que não merecem ser amados. Ter uma audiência com Deus, estar em Sua presença e sentir Seu amor nem sempre resulta numa transformação de vida.
2. Deus protege mesmo aqueles que O ignoram. A protecção de Deus é incondicional, mas nem sempre é reconhecida.
3. Deus aconselha mesmo aqueles que O desprezam. Os conselhos de Deus são bons, mas nem sempre são considerados.
4. Deus oferece Sua preciosa graça mesmo sabendo que o beneficiado O rejeitará. A graça de Deus é infinita, mas não irresistível.