26/01/2014

A Prova do Verdadeiro Cristão é a Comunhão com Deus por meio do Espírito Santo

“Tu és Deus que Vê”
2ª Cor. 13:14  “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” (negrito meu)
Este texto juntamente com Mateus 28:19 proporciona o resumo mais completo e explicito da doutrina da Trindade; no entanto, a ordem dos nomes da Divindade se dá aqui de forma diferente de Mateus. Na epístola de Paulo o nome do Pai em geral precede a do Filho (Rom. 1:7; 1ª Cor. 1:3; 2ª Cor.1:2); mas aqui inverte-se a ordem. A bênção de despedida no AT – a bênção aarónica – também de natureza tripla (Núm. 6:24-26). A prova de toda a verdadeira experiência cristã é o companheirismo e comunhão com Deus por meio do Espírito Santo.
E não há criatura que não seja manifesta na Sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos d’Aquele a quem temos de prestar contas. Hebreus 4:13. {EDD 6.1}
A vitória da verdade só é possível quando os obreiros levam consigo a permanente percepção da presença de Deus. Sempre devem compreender que há uma testemunha fiel de toda palavra, de toda transação, na vida familiar ou entre as pessoas. Em todo plano ideado, em todo esforço feito, Cristo deve assumir a direção. Em todo concílio os membros devem falar e agir como se a cortina fosse afastada, e vissem a si mesmos efetuando negociações na presença do universo celestial. Pois este é de fato o caso; todo o Céu está olhando para os obreiros. Ao planejar uma campanha dinâmica, não permitais que o próprio eu se torne proeminente; ele deve estar escondido, inteiramente escondido, em Cristo. ... {EDD 6.2}
Tudo quanto puder ser abalado, sê-lo-á, mas coisas que não puderem ser abaladas permanecerão. {EDD 6.3}
O Senhor requer nossas afeições não divididas. Se os homens não são sinceros, fracassarão no dia da prova e aflição e provação. Quando o inimigo dispõe suas forças em ordem de batalha contra eles, e a peleja parece ser renhida, na própria ocasião em que todo o vigor intelectual e capacidade, e todo o tato de sábia liderança, são necessários para repelir o inimigo, os que são irresolutos dirigirão suas armas contra seus próprios soldados; debilitam as mãos que deveriam ser fortes para o combate. Deus está provando todos quantos têm conhecimento da verdade para ver se é possível contar com eles para travar as batalhas do Senhor quando fortemente premidos por principados e potestades, e pelos dominadores deste mundo tenebroso e os maus espíritos nas regiões celestes. Tempos perigosos acham-se diante de nós, e nossa única segurança está em experimentar cada dia o poder convertedor de Deus — submetendo-nos inteiramente a Ele a fim de fazer Sua vontade e andar na luz de Sua presença. 1 Pedro 2:9. {EDD 6.4}
Agora que estamos precisamente nas fronteiras da terra prometida, que ninguém repita o pecado dos espias infiéis. Eles reconheceram que a terra que foram ver era uma boa terra, mas declararam que os habitantes eram fortes, que havia gigantes ali, e que eles mesmos, em confronto, eram como gafanhotos à vista do povo e à sua própria vista. Todas as dificuldades foram exageradas e se transformaram em obstáculos insuperáveis. ... Assim eles imbuíram toda a congregação de sua descrença. — Manuscrito 6, 1892.
O Representante de Cristo
Mas Eu vos digo a verdade: Convém-vos que Eu vá, porque, se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-Lo enviarei. João 16:7. {RP 12.1}
O Consolador é chamado “o Espírito da verdade”. Sua obra é definir e manter a verdade. Ele primeiro habita no coração como o Espírito da verdade, tornando-Se assim o Consolador. Há conforto e paz na verdade, mas nenhuma paz ou conforto real se pode achar na falsidade. É por meio de falsas teorias e tradições que Satanás adquire seu domínio sobre a mente. Ele deforma o caráter dirigindo os homens a falsos padrões. O Espírito Santo fala à mente por meio das Escrituras e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expelindo-o da alma. É pelo Espírito da verdade, atuando pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido. {RP 12.2}
Descrevendo para Seus discípulos a obra oficial do Espírito Santo, Jesus procurou inspirá-los com a alegria e a esperança que Lhe animavam o próprio coração. Regozijava-Se pelas abundantes medidas que providenciara para auxílio de Sua igreja. O Espírito Santo era o mais elevado dos dons que Ele podia solicitar do Pai para exaltação de Seu povo. O Espírito ia ser dado como agente de regeneração, sem o qual o sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido. O poder do mal se estivera fortalecendo por séculos, e espantosa era a submissão dos homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade, a qual não viria com energia modificada, mas na plenitude do divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele, o crente torna-se participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para gravar Seu próprio caráter em Sua igreja. — The Review and Herald, 19 de Novembro de 1908. {RP 12.3}
A Pomba Celestial
E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do Céu como pomba e pousar sobre Ele. João 1:32. {RP 13.1}
Cristo é nosso exemplo em todas as coisas. Em resposta à Sua oração ao Pai, o Céu se abriu e o Espírito desceu como pomba e pousou sobre Ele. O Santo Espírito de Deus comunica-Se com o homem e habita no coração dos obedientes e fiéis. Luz e força virão aos que sinceramente as buscam a fim de terem sabedoria para resistir a Satanás e para vencer em ocasiões de tentação. Devemos vencer assim como Cristo venceu. {RP 13.2}
Jesus iniciou Sua missão pública com fervorosa oração, e Seu exemplo evidencia o fato de que a oração é necessária para levar uma vida cristã bem-sucedida. Ele estava constantemente em comunhão com o Pai, e Sua vida nos apresenta um modelo perfeito que devemos imitar. Apreciava o privilégio da oração e Sua obra manifestava os resultados da comunhão com Deus. Examinando o registro de Sua vida, verificamos que em todas as ocasiões importantes Ele Se retirava a um bosque ou à solidão das montanhas e oferecia fervorosa e perseverante oração a Deus. Frequentemente dedicava a noite inteira à oração pouco antes de ter de realizar algum milagre muito importante. Durante esses períodos de oração noturnos, após a labuta do dia, despedia compassivamente Seus discípulos, para que pudessem retornar a seus lares, repousar e dormir, enquanto Ele, com forte clamor e lágrimas, extravasava a alma em ferventes súplicas a Deus em favor da humanidade. {RP 13.3}

Jesus era preparado para o dever e fortalecido para a provação por meio da graça de Deus que Lhe advinha em resposta à oração. Dependemos de Deus para levar uma vida cristã bem-sucedida, e o exemplo de Cristo nos abre o caminho pelo qual podemos ir ter a uma inesgotável fonte de energia, da qual possamos extrair graça e poder para resistir ao inimigo e sair vitoriosos. Nas margens do Jordão, Cristo orou como o Representante da humanidade, e o abrir do Céu e a voz de aprovação nos asseguram que Deus aceita a humanidade pelos méritos de Seu Filho. — The Signs of the Times, 24 de Julho de 1893